A Hiper-História e os movimentos sociais
Considerações sobre o caso zapatista
DOI:
https://doi.org/10.5935/2177-6644.20220042Resumo
A proposta do presente artigo é investigar um conceito ainda recente na historiografia e suas aplicações no estudo dos movimentos sociais. O conceito em questão é a Hiper-história, criado pelo filósofo italiano Luciano Floridi. Em linhas gerais, assim como a Pré-História e a História, Floridi coloca este conceito para se referir a uma nova fase da humanidade. O filósofo analisa a forma como se produz, armazena e processa informação na Hiper-história marcada pela internet, o computador e outros dispositivos conectados. É comum ouvir a expressão “o mundo está mudando muito rápido” no dias de hoje. O que podemos tirar dessa frase? Será que o fluxo do tempo físico está acelerando? A arte, a música, a economia, estão mudando mais rápido do que antes? Este artigo analisa outro aspecto: a transmissão de informações e como isso impacta a análise histórica e os movimentos sociais com foco no movimento zapatista. Este movimento foi pioneiro na interação com o espaço virtual e por isso escolhido como objeto deste estudo. No mundo hiperconectado a dinâmica dos movimentos sociais ganha novos contornos que a diferem de décadas e séculos anteriores. A internet ainda é muito recente na vida de grande parte da população brasileira e latino-americana e as possibilidades de estudo nessa área ainda tem muito a expandir-se. Este artigo objetiva também fomentar a discussão acadêmica do conceito de Hiper-história, que por ser recente, ainda carece de maior aprofundamento. Este artigo por fim, terminará por concordar com a factibilidade do conceito apresentado por Luciano Floridi e do movimento zapatista como o primeiro movimento social hiper-histórico.
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