Do ouro ao scravo: estatísticas do comércio negreiro entre 1501-1650<br><i>Gold to slave: statistics slave trades between 1501 the 1650th<br><i> Del oro al esclavo: estadísticas del comercio negro entre 1501 A 1650
DOI:
https://doi.org/10.5935/2177-6644.20160003Palavras-chave:
comércio negreiro, colonização da África, história econômica, história socialResumo
Resumo: Neste artigo realizamos uma discussão sobre a ascensão do tráfico de escravos nas principais regiões portuguesas. A ideia é discutir os números do tráfico de escravos a partir da hipótese de que o comércio negreiro ascendeu para atender a demanda de escravos da América, principalmente nas regiões açucareiras. Demonstramos que no início do contato com os africanos, os europeus não planejaram um processo de escravização e que e a criação das empresas escravistas ocorreu devido à demanda. As intenções iniciais eram com a captação de ouro e outros resgates. Tal demanda e comércio passou a sangrar a população africana que se transformou completamente para atender os compradores.
Palavras-chave: Ouro. Escravo. África. Comércio negreiro.
Abstract: In this article we held a discussion on the rise of the slave trade in the main Portuguese regions. The idea is to discuss the numbers of the slave trade from the assumption that the slave trade amounted to meet the demands of America's slaves, especially in the sugar regions. We show that early contact with Africans, Europeans do not planned an process of enslavement and slave and the creation of companies was due to demand. The initial intention was to capture gold and other rescues. Such demand and trade began to bleed the African population that has completely transformed to meet the buyers.
Keywords: Gold. Slave. Africa. Slave trade.
Resumen: En este artículo realizamos una discusión sobre el ascenso del tráfico de esclavos en las principales regiones portuguesas. La idea es discutir los números del tráfico de esclavos a partir de la hipótesis de que el comercio negrero ascendió para atender la demanda de esclavos de América, principalmente en las regiones azucareras. Demostramos que al inicio del contacto con los africanos, los europeos no planificaron un proceso de esclavización y que la creación de las empresas esclavistas ocurrió debido a la demanda. Las intenciones iniciales eran con la captación de oro y otros rescates. Tal demanda y comercio pasó a sangrar a la población africana que se transformó completamente para atender a los compradores.
Palabras clave: Oro. Esclavo. África. Comercio negro.
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