Floração de algas na Cavidade Natural Lagoa Misteriosa (MS 043), Jardim, MS, Brasil: uma análise integrada de dados físico-químicos, biológicos e climatológicos

Autores

  • Sandro Marcelo Scheffler Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • William Marcos da Silva Campus Pantanal, Corumbá, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Angela Pellin IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Samuel Duleba Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Andrea Pellin IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Palavras-chave:

Caverna calcária, Bloom de algas, Mato Grosso do Sul

Resumo

A Cavidade Natural Lagoa Misteriosa é a caverna inundada mais profunda do Brasil, com mais de 220 m de coluna d’água. Suas características geológicas únicas, aliadas à sua biodiversidade, beleza cênica e ciclos anuais de floração de algas, conferem a este ecossistema um status único no Brasil. Entre os anos de 2005 e 2009 foram realizados uma série de estudos com intuito de embasar um plano de manejo para a cavidade, envolvendo coletas de dados do nível da água da lagoa, pluviometria, temperatura, análises físico-químicas e biológicas da água, visibilidade, entre outros. A partir destes estudos foi possível formular um modelo que explica a sazonalidade da floração de algas responsáveis pelo turvamento das águas durante o verão. Os resultados demonstraram que a pluviosidade e quedas bruscas de temperatura seriam os principais agentes que atuam sobre o bloom de algas, relacionado ao carreamento de nutrientes e aumento da produção primária.

Biografia do Autor

Sandro Marcelo Scheffler, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor Adjunto IV, Setor de Paleoinvertebrados,  Departamento de Geologia e Paleontologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

área de atuação:Paleozoologia, paleoinvertebrados

William Marcos da Silva, Campus Pantanal, Corumbá, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Licenciatura plena em Ciencias Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Atualmente é professor adjunto e pesquisador na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Pantanal, Corumbá, MS e Professor da Pos-Gradução em Tecnologias Ambientais e Pós-Graduação em Biologia Animal, ambos na UFMS Campo Grande. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Sistemas Aquaticos (Limnologia), atuando principalmente nos seguintes temas: limnologia de reservatorios, biodiversidade de copepoda cyclopoida, bioindicador, distribuicao geografica e taxonomia.

Angela Pellin, IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (2001), com Especialização em Biologia da Conservação pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (2006) e Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (2010). Suas experiências profissionais e produções acadêmicas são principalmente voltadas aos temas: áreas protegidas, manejo de unidades de conservação e instrumentos de gestão ambiental. Atualmente é Pesquisadora do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas e docente no curso de mestrado da ESCAS - Escola de Conservação Ambiental e Sustentabilidade. 

Samuel Duleba, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Possui mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2013). Atualmente é doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação pela UFMS, onde investiga a estrutura das redes tróficas de anfíbios ao longo do gradiente ambiental em paisagens fragmentadas na Serra da Bodoquena/MS. Paralelamente, estuda o efeito da fragmentação de habitat sobre os padrões de distribuição e abundância das comunidades de anfíbios. Tem experiência na área de Zoologia com ênfase em Herpetologia e Conservação da natureza, atuando como gestor em Unidades de Conservação e no desenvolvimento de projetos ambientais no Mato Grosso do Sul através da elaboração de Planos de Manejo de UCs, inventários de fauna e monitoramento de impactos ambientais.

Andrea Pellin, IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina e Mestre em Geografia pela mesma universidade, na área de concentração Utilização e Conservação dos Recursos Naturais e linha de pesquisa Análise Ambiental. Membro do Grupo de Pesquisa de Gestão Costeira Integrada da UFSC. Atualmente vinculada ao IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas. Atua principalmente em gestão ambiental, áreas protegidas e biologia da conservação.

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Publicado

2019-09-21

Como Citar

SCHEFFLER, S. M.; DA SILVA, W. M.; PELLIN, A.; DULEBA, S.; PELLIN, A. Floração de algas na Cavidade Natural Lagoa Misteriosa (MS 043), Jardim, MS, Brasil: uma análise integrada de dados físico-químicos, biológicos e climatológicos. Terr@ Plural, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 400–420, 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/13433. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos