Discussões acerca do valor da natureza na perspectiva da ecologia política
a lógica Castriana como potencial sócio-metabólico Latino-Americano e a produtividade neguentrópica como territorização pela vida
DOI:
https://doi.org/10.5212/TerraPlural.v.18.21969.003Palavras-chave:
Natureza, Ecologia Política, CampesinatoResumo
O texto proposto sintetiza a urgência, desafios e alternativas para o giro ecológico nos termos da Ecologia Política. Assim, apoiamos nos recentes trabalhos de Enrique Leff (2021), investigamos as condições teóricas-políticas para a consolidação da racionalidade ambiental. Com esse propósito, buscamos com a obra de Josué de Castro e sua trágica Geografia da Fome, testemunhar as potencialidades da r-existência do campesinato latino-americano como socio-metabolismo sentipensantes alternativos ao do mundo-objeto proposto pela matriz da racionalidade econômica. Assinalamos a categoria de Metabolismo Social como prática cartográfica socioambiental de comunidades que possibilitam a desnaturalização analítica das relações técnicas de poder. Encarada como processo de territorialização pela vida, a produtividade neguentrópica, também conhecida como entropia negativa ou sintropia, complexifica a noção de socio-metabolismo, promove a re-valorização da natureza e permite sua re-apropriação social. Deste modo, esperamos destacar a necessidade da emancipação social e cultural das insurgências territoriais campesianas como preceitos fundamentais para a resolução dos desafios ambientais contemporâneos.
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