A sociedade civil em Hegel e Marx

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Valdenésio Aduci Mendes

Resumo

A sociedade civil, tema pouco recorrente na tradição do pensamento político moderno, começa a ganhar status filosófico a partir das reflexões de Hegel e de Marx. O tema da sociedade civil aparece, tanto nas reflexões filosóficas e políticas de um como do outro, como um tema associado às reflexões sobre o Estado moderno. Ambos os autores visam compreender nos alvores da modernidade a contradição entre o Estado e a sociedade civil, ou entre o universal e o particular, o homem e o cidadão, o bourgeois e o citoyen, o político e o social. De um lado, Hegel percebe o Estado como ente “ético” e de superação das contradições do mundo das necessidades. Marx, por sua vez, ao analisar a concepção hegeliana de Estado, o critica e procura “dessacralizar” tal concepção, daí a defesa de parte de Marx que tanto a sociedade civil como o Estado devam desvanecer para que o homem possa reconciliar-se consigo mesmo. Por sua vez, a saída de ambos os pensadores para a contradição apontada entre Estado e sociedade civil são passíveis de críticas, porque Hegel aponta para o totalitarismo e Marx para uma espécie de messianismo.

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Como Citar
MENDES, V. A. A sociedade civil em Hegel e Marx. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 12, n. 2, p. 235–252, 2013. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.12i2.0006. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/1939. Acesso em: 5 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Valdenésio Aduci Mendes, UFSC

Departamento de Sociologia, pós-graduação em Sociologia Política

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