A colonização da Justiça Restaurativa no Brasil a partir de uma perspectiva sistêmica luhmanniana

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Rubens Lira Barros Pacheco
https://orcid.org/0000-0003-3021-2605

Resumo

Nesse artigo investigamos a colonização da Justiça Restaurativa (JR) no Brasil por uma perspectiva sistêmica luhmanniana. A fim de explicar a razão desse fenômeno de apropriação das práticas restaurativas como mera técnica complementar do sistema penal, adotamos o método de pesquisa teórica, a técnica de pesquisa bibliográfica e um marco teórico constituído por obras de Luhmann,  luhmannianas e restaurativistas. Duas hipóteses são  verificadas: 1) uma interpretação luhmanniana pode fornecer respostas inéditas ao problema; 2) essa  colonização resulta da reação do sistema penal ao acréscimo de indiferenciação produzida. Conclui-se que a JR brasileira se aproxima mais de um sistema de interação,  periférico e situado no acoplamento estrutural entre sistema jurídico e sistemas psíquicos. Disso decorre que a abertura cognitiva resultante, ao mesmo tempo em que  repercute em mais democracia e mais legitimidade,  também implica mais complexidade operativa e  indiferenciação, sendo justamente esse acréscimo o que paradoxalmente habilita o processo colonizador.

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Como Citar
LIRA BARROS PACHECO, R. A colonização da Justiça Restaurativa no Brasil a partir de uma perspectiva sistêmica luhmanniana. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 24, p. 1–25, 2024. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.24.2422514.005. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22514. Acesso em: 21 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Rubens Lira Barros Pacheco, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Doutorando em Programa de Pós-Graduação em Direito pela Universidade Federal da Bahia, Mestre e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Sergipe. Servidor do Tribunal de Justiça de Sergipe. E-mail: rubenslbarros@gmail.com.

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