The bright side of crime: neoliberalism and organized crime
Main Article Content
Abstract
To the common citizen, it may seem strange that large-scale and highly organized criminal practices coexist with a legal-political framework aimed precisely at combating them. However, from the development of neoliberal capitalism, such elements became interdependent in such a way that the maintenance of these practices promotes exponential economic gains for all involved. In this sense, the present study aims to analyze how the management of illegalisms has changed within the biocapitalist horizon, having Brazil as the focus of analysis. To do so, we resorted to a qualitative, exploratory research, using the deductive method and bibliographical and documental research techniques. The results obtained point out that it is no longer possible to completely separate the legal/illegal binomial, so that certain illegal practices are intertwined with the legal-political system itself, giving rise not only to a nocturnal body of democracy, but also to a bright side of criminality.
Metrics
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
References
AGAMBEN, G. Homo sacer I: o poder soberano e a vida nua. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
ALVES, J. Topografias da violência: necropoder e governamentalidade espacial em São Paulo. Revista do departamento de geografia - USP, v. 22, p. 108-134, 2011. Disponível em: www.periodicos.usp.br/rdg/article/view/47222/83830 Acesso em 14 jan. 2020.
BBC NEWS. Por que a venda de armas no mundo cresceu pela primeira vez em 5 anos? Dez. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42343317 Acesso em: 21 jan. 2020.
BECK, U. Risk society. Towards a new modernity. London: Sage Publications, 1992.
BERARDI, F. Futurability. The age of impotence and the horizon of possibility. London, England: Verso Books, 2017.
BRASIL, Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional. Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional – SISDEPEN. Jul./dez. 2019. Disponível em: http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios-analiticos/br/br Acesso em: 20 set. 2021.
CHAMAYOU, G. Teoria do drone. Tradução de Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
COCCO, G. Trabalho e cidadania: produção e direito na crise do capitalismo global. 3a. ed., São Paulo: Cortez, 2012.
COURTWRIGHT, D. T. Forces of Habit: drugs and the making of the modern world. Cambridge,USA: Harvard University Press, 2002.
DARDOT, P; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Tradução de Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.
DELEUZE, G. Post-scriptum sobre as sociedades de controle, p. 223-230. In: Deleuze, G. Conversações (1972-1990). Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed. 34, 2013.
DIBLASI FILHO, I. A Influência da sociedade no tráfico de animais silvestres no Brasil. Revista geopaisagem, ano 8, n. 16, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://www.feth.ggf.br/TráficodeAnimais.htm>. Acesso em: 13 fev. 2020.
ESCOHOTADO, A. Historia General de las Drogas. Madri, ES: Alianza Editorial, 1998.
FBSP, Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo, Brasil, 2017. Disponível em: <http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes/11o-anuariobrasileiro-de-seguranca-publica/>. Acesso em nov. 2019.
FBSP, Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fbsp, 2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf Acesso em: maio 2023.
FENAVIST, Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores. III ESSEG –Estudo do Setor de Segurança Privada. 2013. Disponível em: http://fenavist.org.br/wp-content/uploads/2019/05/III_ESSEG.pdf Acesso em: 15 nov. 2019.
FOUCAULT, M. A sociedade punitiva: curso no Collège de France (1972-1973). Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015a.
FOUCAULT, M. Gerir os ilegalismos. In: DROIT, Roger-Pol. Michel Foucault: entrevistas. Tradução de Vera Portocarrero e Gilda G. Carneiro. São Paulo: Graal, 2006, p. 41-52.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 2a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015b.
FOUCAULT, M. Na Berlinda, p. 37-47, 1975. In: Foucault, M. Ditos e escritos VIII: segurança, penalidade e prisão. Tradução de Vera Lucia Avellar Pinheiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
FOUCAULT, M. Segurança, território e população: curso no Collège de France (1977-1978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008a.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 35a. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008b.
GALLUP. Global law and order report. USA: Gallup Inc., 2018. Disponível em: https://www.insightcrime.org/wp-content/uploads/2018/06/Gallup_Global_Law_And_Order_Report_2018.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019.
HARADA, J. Que indústria fatura mais: do cinema, da música ou dos games? Super interessante, jan. 2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/que-industria-fatura-mais-docinema-da-musica-ou-dos-games/>. Acesso em: 18 fev. 2020.
IGNATIEFF, M. El mal menor: ética política en una era de terror. Traducido por María José Delgado. Tauros: Buenos Aires, 2005.
IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fbsp (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Atlas da Violência. 2014. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/160405_nt_17_atlas_da_violencia_2016_finalizado.pdf Acesso em 20 jul. 2016.
ISTO É dinheiro. O poder do pink money. maio 2013. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/investidores/20130531/poder-pink-money/3262 Acesso em: 18 nov. 2019.
JUPIARA, A; OTÁVIO, C. Os porões da contravenção. Jogo do bicho e Ditadura Militar: a história da aliança que profissionalizou o crime organizado. Rio de Janeiro: Record, 2015.
KARP, A. Estimating global civilian held firearms numbers. Geneva, Switzerland, 2018. Disponível em: <http://www.smallarmssurvey.org/fileadmin/docs/T-Briefing-Papers/SAS-BP-Civilian-FirearmsNumbers.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2019.
LAZZARATO, M.; Negri, A. Trabalho imaterial: formas de vida e produção da subjetividade. Tradução de Monica de Jesus Cesar. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2013.
LAZZARATO, M.; Negri, A. As revoluções do capitalismo. Tradução de Leonora Corsini. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2006.
LAZZARATO, M.; Negri, A. O governo das desigualdades. Crítica da insegurança neoliberal. Tradução de Renato Abramowicz Santos. São Carlos, Brasil: EdUFSCar, 2011.
MARTINS, A. segurança privada no Brasil. (parte 1). Defesa TV. Abril, 2019. Disponível em: https://www.defesa.tv.br/seguranca-privada-no-brasil-parte-1/ Acesso em: 14 nov. 2019.
MANSO, B. P.; DIAS, C. N. A Guerra: a ascenção do PCC e o mundo do crime no Brasil. São Paulo: Todavia, 2018.
MANSO, B. P. A República das Milícias: dos esquadrões da morte à Era Bolsonaro. São Paulo: Todavia, 2020.
MAY, C. Transnational crime and the developing world. USA: Global Financial Integrity, 2017. Disponível em: https://secureservercdn.net/45.40.149.159/34n.8bd.myftpupload.com/wp-content/uploads/2017/03/Transnational_Crime-final.pdf?time=1591801910 Acesso em 28 nov. 2019.
MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Traduzido por Renata Santini. São Paulo: n-1 ed., 2018.
MBEMBE, A. Políticas da inimizade. Tradução de Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2017.
MCGUIRE, M. Into the web of profit: understanding the growth of the cybercrime economy (an indepth study of cybercrime, criminals and money). USA: Bromium, 2018. Disponível em: < https://www.bromium.com/wp-content/uploads/2018/05/Into-the-Web-of-Profit_Bromium.pdf >. Acesso em: 29 nov. 2019.
MOULIER-BOTANG, Y. Cognitive capitalism. Tradução para inglês de Ed Emery. Cambridge/Inglaterra: Polity Press, 2011.
NEGRI, A. Biocapitalismo e constituição política do presente, p. 57-83. In: Negri, A. Biocapitalismo. Tradução de Marcia Paula Gurgel Ribeiro. 1 a. ed., São Paulo: Iluminuras, 2015.
O SOM ao redor. Direção: Kleber Mendonça Filho. Produção: Emilie Lesclaux. Recife: Vitrine Filmes, 2013. Cinema (131 min.), son., color.
PÉREZ, D. M. A maldição do abacate, um fruto da desigualdade no México. El País. 24, fev. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/01/internacional/1549049608_676151.html>. Acesso em: nov. 2019.
REIS, D. S. Michel Foucault, a gestão dos ilegalismos e a razão criminológica neoliberal. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 32, n. 55, p. 279-299, jan./abr. 2020. Disponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/25304>. Acesso em: 20 maio 2020.
RODRÍGUEZ, S. G. Field of battle. Translated by Joshua Neuhouser. USA: Semiotex(e), 2014.
SECURITAS AB. Annual Susteinability Report. Abr. 2021. Disponível em: https://www.securitas.com/globalassets/com/files/annual-reports/eng/securitas_annual_sustainability_report_2020.pdf Acesso em: mar. 2022.
SIPRI, Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo. Negócios, como sempre? Vendas do top 100 maiores empresas de armas do Sipri continuam a crescer em meio à pandemia. Disponível em: https://www.sipri.org/sites/default/files/2021-12/sipri_top_100_pr_por.pdf. Acesso em: mar. 2022.
SOUZA, K. C. A.; CORRÊA, M. D. C. A polícia bioeconômica: o dispositivo policial no caso das unidades Paraná Seguro. Quaestio Iuris. Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, 2019, p. 618-646. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/37300/32561 Acesso em: 13 jan. 2020.
VIRILIO, P. The administration of fear. Entrevista concedida a Bertrand Richard. Tradução de Ames Hofges. Passadena, EUA: Semiotext(e), 2012.
WACQUANT, L. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Tradução de Eliana Aguaiar. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
WEIZMAN, E. Hollow land: Israel’s architecture of occupation. Londres: Verso, 2007.