A otimização do acesso à justiça no Brasil sob a perspectiva da teoria crítica dos direitos humanos de Herrera Flores
Contenido principal del artículo
Resumen
A concepção tradicional dos direitos humanos reflete promessas universais e abstratas, frequentemente desconectadas da realidade prática, criando um hiato entre a teoria e sua aplicação. Segundo Herrera Flores, os direitos humanos emergem como produtos culturais oriundos de processos de luta, exigindo análise contextualizada que permita sua efetiva implementação. Entre esses direitos, o acesso à justiça é o pilar fundamental para a garantia dos demais, devendo ser concebido em uma perspectiva substancial, como
acesso a uma ordem jurídica justa que produza resultados materialmente eficazes. Neste artigo, propõe-se a adoção de práticas tecnológicas oriundas do movimento Justiça 4.0 no Brasil como ferramentas operacionais para concretizar o direito humano ao acesso à justiça. Utiliza-se a metodologia dedutiva e a revisão bibliográfica indireta. Com o estudo, contribui-se para o debate sobre a modernização da prestação jurisdicional, promovendo a eficiência, a desburocratização e a inclusão social por meio de políticas públicas voltadas aos excluídos digitais.
Descargas
Detalles del artículo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Declaración de Derechos de Autor
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo simultáneamente bajo la licencia de Creative Commons Attribution License que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de su autoría y la publicación inicial en esta revista.
b) Esta revista provee acceso abierto a todo su contenido, ya que permite una mayor visibilidad y alcance de los artículos y reseñas publicados. Para obtener más información acerca de este enfoque, ver el Public Knowledge Project, un proyecto que ha desarrollado este sistema para mejorar la calidad académica y pública de la investigación, la distribución de OJS, así como otros programas para apoyar la publicación de acceso abierto a fuentes académicas. Los nombres y direcciones de correo electrónico en este sitio se utilizarán exclusivamente para los propósitos de la revista y no están disponibles para otros fines.
This journal provides open any other party.
Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.es_ES.

Citas
AGÊNCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPEIA. Manual de legislação europeia sobre o acesso à justiça, 2016. Disponível em: https://fra.europa.eu/sites/default/files/fra_uploads/fra-ecthr-2016-handbook-on-access-to-justice_pt.pdf. Acesso em: 12 set. 2022.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 set. 2022.
BRASIL. Decreto n. 678, de 6 de novembro de 1992. Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969. Brasília, DOU, 1992.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
CAMIMURA, Lenir; AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS. Tribunais vão instalar acesso à Justiça Digital em municípios onde não têm sede. CNJ - Conselho Nacional de Justiça, out. 2022. Disponível em:https://www.cnj.jus.br/tribunais-vao-instalar-acesso-a-justica-digital-em-municipios-onde-nao-tem-sede/. Acesso em: 23 out. 2022
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 6ª Ed. Coimbra: Almedina, 2002.
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfeet. Porto Alegre: Fabris, 1988.
COELHO, Edihermes Marques. Direitos humanos, globalização de mercados e o garantismo como referência jurídica necessária. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça 4.0. CNJ - Conselho Nacional de Justiça, [s.d.]a. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/justica-4-0/. Acesso em: 13 set. 2022.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em Números 2024. Brasília: CNJ, 2024. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2024/05/justica-em-numeros-2024.pdf. Acesso em: 04 set. 2024.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Portaria n. 133, de 28 de setembro de 2018. Institui Comitê Interinstitucional destinado a proceder estudos e apresentar proposta de integração das metas do Poder Judiciário com as metas e indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Agenda 2030. Brasília: CNJ, 2018.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução n. 325, de 29 de junho de 2020. Dispõe sobre a Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026 e dá outras providências. Brasília: CNJ, 2020.
FLORES, Joaquín Herrera. A reinvenção dos direitos humanos. Trad. Carlos Roberto Diogo Garcia. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009.
GLOBAL ACCESS TO JUSTICE PROJECT, 2022. Disponível em: https://globalaccesstojustice.com/global-overview-canada/. Acesso em 27 de out. 2022.
HILL, Flávia Pereira. Desjudicialização da Execução Civil: Reflexões sobre o Projeto de Lei nº 6.204/2019. https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/redp/article/view/54202/34876. Acesso em: 20 set. 2022.
Ministro Fux elenca cinco eixos de sua gestão. STF. Mais Notícias. Publicado em 11 de setembro de
Disponível em: https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/ministro-luiz-fux-elenca-cinco-eixos-desua-gestao/. Acesso em: 22 set. 2022
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Resolução 217 A (III), 10 de dezembro de 1948, da Assembleia Geral das Nações Unidas. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 20 set. 2022.
ONU – Organização das Nações Unidas. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Nova Iorque, 16 de dezembro de 1966. Entrou em vigor em 23 de março de 1976. Disponível em: https://dcjri. ministeriopublico.pt//sites/default/files/ documentos/instrumentos/pacto_internacional_sobre_os_direitos_civis_e_politicos.pdf. Acesso em: 20 set. 2022.
PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. 10 ed. rev. atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2017.
RODRIGUES, Tássia Moreira; SANTOS, Karinne Emanoela Goettems dos. ACESSO À JUSTIÇA E TECNOLOGIA. Revista Em Tempo, [S.l.], v. 20, n. 1, nov. 2020. ISSN 1984-7858. Disponível em: <https://revista.univem.edu.br/emtempo/article/view/3259>. Acesso em: 28 oct. 2022.
SADEK, Maria Tereza Aina. Efetividade de direitos e acesso à justiça. In: RENAULT, Sérgio; BOTTINI, Pierpaolo (Orgs.). Reforma do Judiciário. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
SORRENTINO, Luciana Yuki Fugishita; COSTA NETO, Raimundo Silvino da. O acesso - digital - à Justiça: a imagem do Judiciário brasileiro e a prestação jurisdicional nos novos tempos. In: LOPES, Caetano Levi; BOCAYUVA, Marcela Carvalho; RAMIDOFF, Mário Luiz. Revista da Escola Nacional da Magistratura: Políticas Públicas, Democracia e Justiça. Curitiba: Juruá, 2020.
SPENGLER, Fabiana Marion; PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. A mediação digital de conflitos como política judiciária de acesso à justiça no Brasil. Revista da Faculdade de Direito UFMG. Belo Horizonte, n. 72, p. 219-257, jan./jun., 2018.
WATANABE, Kazuo. Acesso à Ordem Jurídica Justa (conceito atualizado de acesso à justiça). Processos Coletivos e outros Estudos. Belo Horizonte: Delrey, 2019.