Relações de poder na idealização de livros didáticos de Matemática

Autores

  • José Wilson dos Santos Universidade Federal da Grande Dourados
  • Marcio Antonio da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul http://orcid.org/0000-0002-5061-8453

DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.14n1.014

Resumo

Neste artigo, objetiva-se analisar o modo como relações de poder (re)configuram um suposto “ideal” de livro didático de Matemática na atualidade, a partir da perspectiva dos personagens que atuam nessa produção, cujas ações impulsionam a (re)configuração do material. Fundamentado nas teorizações foucaultianas sobre a análise do discurso e as relações saber-poder, toma-se como material empírico entrevistas semiestruturadas realizadas com autores de livros didáticos de Matemática, editores, colaboradores, designers e equipes do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Os dados apontam que, após um período de ajustes e melhorias, pós-avaliação do PNLD, ocorre uma adequação dos livros didáticos de Matemática à ordem do discurso vigente, uma vez que propostas mais desafiadoras são punidas. À medida que o livro de Matemática se torna um produto comercial lucrativo, obras potencialmente mais vendáveis são construídas por saberes oficiais e marginais, forjados na multiplicidade das relações de poder e na leitura dos discursos que estão na ordem do tempo presente.

 

Palavras-chave: Livro didático de Matemática. Análise do discurso. Relações de poder.

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Publicado

2018-11-11

Como Citar

SANTOS, J. W. dos; SILVA, M. A. da. Relações de poder na idealização de livros didáticos de Matemática. Práxis Educativa, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 250–272, 2018. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.14n1.014. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/12274. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos