Governamentalidade neoliberal fascista e o direito à escolarização

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DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.15408.061

Resumo

Este texto discute a configuração atual de uma governamentalidade neoliberal fascista, a qual mantém princípios do neoliberalismo, mas, ao mesmo tempo, coloca em operação tanto um fascismo molar (estatal) quanto molecular (microfascismos do cotidiano). A partir disso, problematiza-se como tal governamentalidade incide sobre o direito à escolarização de todos no tempo presente. Analisa-se, assim, a escolarização doméstica, por meio de Projetos de Lei em trâmite na Câmara de Deputados. Frente ao material empírico, apontam-se dois movimentos analíticos: 1) a articulação da escolarização doméstica com os princípios neoliberais da liberdade individual e de responsabilização dos sujeitos; 2) a constituição da exclusão como um direito que produz dois processos: a exclusão por reclusão da outridade e a exclusão por proteção da mesmidade. Por fim, aponta-se o espaço comum da escola como algo inapropriável que pode produzir formas de resistir e de reexistir no e com o mundo.

Palavras-chave: Escolarização doméstica. Direito à escolarização. Governamentalidade.

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Biografia do Autor

Kamila Lockmann, Universidade Federal do Rio Grande

Professora do Instituto de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande. Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq – Categoria 2.

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Publicado

2020-06-18

Como Citar

LOCKMANN, K. Governamentalidade neoliberal fascista e o direito à escolarização. Práxis Educativa, [S. l.], v. 15, p. 1–18, 2020. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.15.15408.061. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/15408. Acesso em: 20 nov. 2024.

Edição

Seção

Seção Temática: Políticas conservadoras na Educação Básica

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