O pensamento étnico-racial: o saber científico, as normas legais e a educação
DOI:
https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.17.19318.037Resumo
Esta pesquisa tem foco na análise das narrativas sobre a formulação do pensamento étnico-racial a partir das produções acadêmicas de Raimundo Nina Rodrigues realizadas no final do século XIX. O propósito consiste em destacar como as narrativas foram construídas para incluírem ou não indígenas e negros nas textualidades discursivas, a considerar o seu poder de nomeação, de classificação e de hierarquização. A esse estudo, foram incorporados os dispositivos legais, correspondentes às Constituições dos séculos XIX e XX, a fim de demonstrar as tensões e os descolamentos no pensamento étnico-racial brasileiro. As análises foram realizadas tendo como aporte teórico a filosofia da diferença, com acento nas ponderações foucaultianas e do professor camaronês Achille Mbembe. Nos resultados, destaca-se o poder simbólico da linguagem institucional utilizado nos textos científicos e nos dispositivos jurídicos para segregar e inferiorizar os indígenas e os negros, sendo denominados como povos selvagens, bárbaros, indolentes, preguiçosos e perigosos, em detrimento do ser civilizado e branco.
Palavras-chave: Pensamento étnico-racial. Teoria da degenerescência. Filosofia da diferença. Educação.
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