A insurgência da intelectualidade negra em cursos de Pedagogia do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.17.19364.068Resumo
Este artigo apresenta um recorte de pesquisa que apreciou os processos de institucionalização da educação das relações étnico-raciais nos cursos de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Universidade Federal de Santa Catarina e da Universidade Federal do Paraná. Para o estudo, optou-se pela análise de conteúdo dos Projetos Pedagógicos, dos Programas e dos Planos de Ensino das disciplinas e entrevistas com docentes dos cursos, em busca de conhecer as experiências de implementação da Lei No 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Apresentam-se lentes teóricas e metodológicas subsidiadas por epistemologias que tensionam o cânone acadêmico marcado pelo colonialismo, pelo eurocentrismo e pela branquitude, no sentido de produzir um conhecimento posicionado, parcial e localizado. O estudo constatou a insurgência de uma intelectualidade negra propondo alterações epistemológicas nos cursos de Pedagogia, sobretudo por meio da proposição de componentes curriculares obrigatórios de perspectiva racial.
Palavras-chave: Intelectualidade negra. Educação das relações étnico-raciais. Cursos de Pedagogia.
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