Ética na comunicação científica: navegando entre princípios e algoritmos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.20.24849.039

Resumo

Este artigo analisa as medidas propostas no Guia da Rede Scientific Electronic Library Online (SciELO) de 2023 para editores, pareceristas e autores sobre o uso de ferramentas e recursos de Inteligência Artificial (IA) na comunicação científica. Para isso, examinam-se as medidas estruturadoras propostas no Guia SciELO de 2023 para a integridade científica, bem como se busca identificar lacunas e desafios emergentes. O estudo segue uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. A metodologia de pesquisa adotada foi a análise documental, a partir das seguintes dimensões de estudo: contexto do documento; autor ou autores; autenticidade e confiabilidade do texto; natureza do texto; conceitos-chave e lógica interna do texto (Cellard, 2008). Os resultados indicam que as medidas estruturadoras do Guia SciELO de 2023 para a integridade científica na comunicação científica se associam às seguintes categorias: informativa, formativa, preventiva e orientativa, reafirmando a centralidade da autoria humana, da transparência e da rastreabilidade no uso de IA. A categoria da punição não é explicitada como parte das medidas voltadas à integridade científica. Conclui-se que, embora o Guia SciELO represente uma referência importante para a comunicação científica, a versão preliminar do documento ainda apresenta lacunas quanto à definição dos limites aceitáveis do uso de IA, à clareza das sanções previstas e à ausência de diretrizes específicas sobre a formação de profissionais e funcionalidades aplicáveis, especialmente em contextos interdisciplinares. A pesquisa destaca a necessidade de aperfeiçoamento dessas diretrizes e propõe o avanço de agendas de pesquisa e políticas de formação desses profissionais que contemplem os desafios éticos emergentes da integração da IA na ciência.

Palavras-chave: Inteligência Artificial. Ética em pesquisa. Comunicação científica.

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Biografia do Autor

Carlos Lopes, Universidade de Brasília

Doutor em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB). Membro da Rede Ibero-americana de Investigação em Integridade Acadêmica (Red-IA).

Aline Loretto Garcia, Universidade de Brasília

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (PPGE/FE/UnB). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Rodrigo de Oliveira Junior, Ministério da Educação

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (PPGE/FE/UnB). Mestre em Educação pela UnB. Servidor Público do Ministério da Educação (MEC).

Rodrigo Mendes da Silva, Instituto Federal de Brasília

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (PPGE/FE/UnB). Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Brasília (IFB), campus Estrutural.

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Publicado

2025-06-27

Como Citar

LOPES, C.; GARCIA, A. L.; OLIVEIRA JUNIOR, R. de; SILVA, R. M. da. Ética na comunicação científica: navegando entre princípios e algoritmos. Práxis Educativa, [S. l.], v. 20, p. 1–13, 2025. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.20.24849.039. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/24849. Acesso em: 6 dez. 2025.

Edição

Seção

Seção Temática: Ética, Integridade e Inteligência Artificial