Epistemologia e política educacional: contribuições de Santos e Wallerstein
Abstract
Resumo: O presente texto propõe reconstruir alguns pressupostos epistemológicos de dois autores contemporâneos: Boaventura de Sousa Santos e Immanuel Wallerstein. Ambos fundamentam, por caminhos próprios, uma crítica ao modelo de ciência que se consolidou no século XIX, alicerçada em pressupostos epistemológicos questionáveis, de modo especial frente às complexas realidades emergentes na América Latina. Quais são as principais críticas feitas ao modelo de ciência hegemônico? Quais as perspectivas que esses dois autores apontam, especialmente em relação às ciências sociais, no sentido de contribuírem de modo efetivo na fundamentação de uma epistemologia capaz de apreender os complexos e contraditórios processos históricos? Buscando dar conta desses desafios, o texto inicia com uma introdução geral para contextualizar a discussão. Em seguida, ele trata da reconstrução dos principais argumentos de cada autor individualmente e conclui destacando as potencialidades dessas contribuições para a fundamentação de uma epistemologia que seja capaz de dialogar com diferentes áreas do conhecimento, de modo a contribuir com as políticas educacionais na América Latina, tanto em relação ao passado quanto o futuro.
Palavras-chave: Política educacional. Epistemologia. Boaventura de Sousa Santos. Immanuel Wallerstein.
Metriche
Riferimenti bibliografici
Arendt, H. (1989). Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras.
Benevides, M. V. (1996). Educação para a democracia. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 38, p. 223-237.
Braudel, F. (1982). História e ciências sociais. 4.ed. Lisboa: Editorial Presença.
Benjamin, W. (1994). Sobre o conceito de história. En: Benjamin, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e cultura. São Paulo: Brasiliense, (Obras escolhidas, v. I).
Chaui, M. (2007). Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 12. Ed. São Paulo: Cortez.
Dewey, J. (1979). Democracia e educação: introdução à filosofia da educação. 4.ed. São Paulo: Nacional.
Durkheim, E. (1967). Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos.
Durkheim, E. (1987). As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Freire, P. (1981). Pedagogia do Oprimido. 9.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Gramsci, A. (1986). Concepção dialética da história. 6.ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira.
Kosik, K. (1985). Dialética do concreto. 3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Nussbaum, M. (2010). Sin fines de lucro: por qué la democracia necessita de las humanidades. Buenos Aires: Katz Editores.
Paro, V. H. (2007). Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São Paulo: Ática.
Santos, B. de S. (1989). Introdução a uma Ciência Pós-Moderna. São Paulo: Graal.
Santos, B. de S. (2004). (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Editora Cortez.
Santos, B. de S. (2005). O Fórum Social Mundial: manual de uso. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (1987). Um Discurso sobre as Ciências. Porto: Afrontamento.
Santos, B. de S. (2008). Gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2.ed. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2008a). “A queda do Angelus Novus: o fim da equação moderna entre raízes e opções”. En: Santos, B. de S. Gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2.ed. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2008b) “Uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências”. En: Santos, B. de S. Gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2.ed. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2008c). “A crise do contrato social da modernidade e a emergência do fascismo social”. En: Santos, B. de S. Gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2.ed. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2009). A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 7.ed. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de Sousa. (2010a). Um Discurso sobre as Ciências. 7.ed. São Paulo: Editora Cortez.
Santos, B. de S. e Meneses, M. P. (2010b). (Orgs.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2010c). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. En: Santos, B. de S. e Meneses, M. P. (Orgs.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez.
Teixeira, A. (1997). Educação para a democracia. Rio de Janeiro: UFRJ.
Tello, C. (2013). “Las epistemologías de la política educativa: notas históricas y epistemológicas sobre el campo”. En: Tello, C. (Coord. y Comp.). Epistemologías de la política educativa: posicionamientos, perspectivas y enfoques. Campinas: Mercado de Letras.
Wallerstein, I. (2001). Capitalismo histórico: civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contratempo.
Wallerstein, I. (2006). Impensar a ciência social: os limites dos paradigmas do século XIX. São Paulo: Ideias & Letras.
Wallerstein, I. (2007). O universalismo europeu: a retórica do poder. São Paulo: Boitempo.
Wallerstein, I. (2011). El moderno sistema mundial I: La agricultura capitalista y los orígenes de la economía-mundo europea en el siglo XVI. 3.ed. México: Siglo XXI.
Wallerstein, I. (2012a). El moderno sistema mundial II: El mercantilismo y la consolidación de la economía-mundo europea, 1600-1750. 3.ed. México: Siglo XXI.
Wallerstein, I. (2012b). El moderno sistema mundial III. La segunda era de gran expansión de la economía-mundo capitalista, 1730-1850. 2.ed. México: Siglo XXI.
Wallerstein, I. (2013). Las incertidumbres del saber. Barcelona: Gedisa Editorial.
Williams, R. (2011). Base e superestrutura na teoria cultural marxista. In: Williams, Raymond. Cultura e materialismo. São Paulo: EdUnesp, p. 43-68.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
__________
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
1. Los autores conservan los derechos de autor y garantizan a la revista el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
2. Los autores pueden establecer por separado acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en la revista (por ejemplo, situarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
3. Se permite y se anima a los autores a difundir sus trabajos electrónicamente (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su propio sitio web) antes y durante el proceso de envío, ya que puede dar lugar a intercambios productivos, así como a una citación más temprana y mayor de los trabajos publicados (Véase The Effect of Open Access) (en inglés).
__________
If the article is accepted for publication, copyright of this article will be vested in the The Journal of Theoretical and Epistemological Studies on Education Policy.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.