Feiticeiros ou “médicos” populares? - casos de curandeirismo em Ponta Grossa durante a década de 1950. DOI: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.17i1.0012
Palavras-chave:
Região, história da Medicina, história do DireitoResumo
A presente pesquisa tem por objetivo analisar as práticas de cura popular, o curandeirismo, na cidade de Ponta Grossa durante a década de 1950, com base em duas peças processuais, pois constitui-se como crime de acordo com o Código Penal pátrio. No Brasil, até o início do século XX, predominava uma medicina popular praticada por leigos e com uma grande variedade de técnicas de cura, recebendo, pois, diversas denominações, tais como curandeiros, benzedeiras e charlatães. A medicina erudita, pouco desenvolvida até então e de alto valor pecuniário, era relegada ao segundo plano no gosto popular, principalmente das camadas mais humildes. A década de 50 torna-se fator de diferenciação dessa relação, isto é, a medicina acadêmica se apropria de algumas técnicas populares – cientificamente comprovadas – apresentando melhor estrutura e atraindo para si a parcela populacional de baixa renda que lhe faltava em séculos passados. Desse modo, o curandeirismo e delitos próximos foram amenizados nas investigações do órgão policial, entretanto, os magistrados do Direito continuavam a julgar com rigor essas práticas. Tal contexto é investigado em dois processos-crimes ocorridos na cidade de Ponta Grossa, nos quais podem ser analisados outros aspectos: o depoimento das testemunhas, a relação espiritual no instante da cura, os discursos dos envolvidos – seja para condenar ou absolver. De modo geral, os processos apresentam riqueza de detalhes para analisar não só as práticas de cura popular, mas também a representação elaborada por uma sociedade e suas instituições sociais.
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