O corpo negro na literatura brasileira
Imagens de controle vs. o poder da autodefinição
DOI:
https://doi.org/10.5935/2177-6644.20240002Resumo
Considerando que o corpo é tema central nos diferentes debates feministas, neste artigo tomo como base o caso brasileiro, fazendo uma análise comparada entre duas obras literárias: o livro “Histórias de Tia Nastácia”, de Monteiro Lobato, e “Tudo nela brilha e queima”, de Ryane Leão. Busco articular essas leituras e os conceitos de imagens de controle, autodefinição e epistemicídio. Meu propósito é compreender como as imagens de controle, utilizadas como modo de separar mulheres negras em estereótipos, servem para categorizá-las em três principais categorias: as matriarcas, as mulas e as mulheres sexualmente desviantes de um determinado padrão, e encarcerá-las em um suposto destino corpóreo, ao mesmo tempo em que as afastam de uma experiência corporal autodefinida. Ao comparar as duas obras em questão, pretendo questionar a utilização de imagens de controle na literatura brasileira, trazendo à tona uma das ferramentas de combate a um racismo epistemicida, a potencialidade da autodefinição.
Palavras-chave: Imagens de controle. Epistemicídio. Autodefinição. Corpo. Literatura Brasileira.
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