Migração e violência em Desesterro, de Sheyla Smanioto
DOI:
https://doi.org/10.5935/2177-6644.20230037Resumo
O romance contemporâneo Desesterro, de Sheyla Smanioto, traz em seu enunciado a dor de várias Marias espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. A obra narra a história de quatro gerações de mulheres que vivem à margem da sociedade, inseridas em um ciclo de violência física, psicológica, sexual, financeira e moral. Essas violências são perpetradas pelo único personagem masculino da obra, que as leva à subordinação e à opressão, deixando, inclusive, de terem o direito de escolher sobre a sua vida e sobre o seu próprio corpo. O objetivo do estudo, então, é o de analisar, no percurso da personagem Maria Menina, presente em Desesterro, essa realidade de violência e abuso contra as mulheres, ou seja, as representações dessa violência, assim como seus possíveis significados. Essa violência contra a mulher se mostra enraizada em nossa sociedade patriarcal; porém, a perspectiva trazida pela autora apresenta as mulheres e as suas dores como elementos capazes de ressignificar as relações sociais e seu conjunto de valores.
Palavras-chave: Violência. Migração. Mulheres.
Métricas
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 TEL Tempo, Espaço e Linguagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.