Quando os sociólogos colocam as crianças à prova
DOI:
https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.20.25581.082Resumo
O artigo propõe-se questionar as diferentes formas de testar crianças, implementadas pelas metodologias das pesquisas em Ciências Sociais, para dar conta de suas experiências de vida. Em um primeiro momento, evidenciamos a violência simbólica com que podem se confrontar as crianças – sobretudo as pertencentes a famílias em situação de grande vulnerabilidade – quando se trata de avaliar suas competências linguísticas, como o faz a pesquisa sobre desigualdades sociais entre crianças pequenas retratada em Enfances de classe, coordenada por Bernard Lahire. Em um segundo momento, ao retomarmos os dados publicados nessa obra, em relação às interações entre pesquisador(a) – adulto(a) – e sujeito – criança, mostramos como a resistência das crianças à avaliação, nessa pesquisa, se apoia em grande parte em seus corpos, inclusive em suas fragilidades, quando os recursos linguísticos não lhes permitem ter a última palavra diante dos(as) pesquisadores(as). Por fim, indicamos outros dispositivos metodológicos que podem ser empregados para oportunizar a expressão das crianças e levar a sério seus pontos de vista. Tais dispositivos buscam abrir possibilidades para além das normas e das expectativas adultocêntricas, ao mesmo tempo que exigem relacionar a fala das crianças às suas condições sociais de produção.
Palavras-chave: Crianças pequenas. Sociologia. Desigualdades. Testes. Resistência. Corpo. Linguagem.
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