Apresentação

Abstract

Apresentação

Os textos que reunimos no presente número oferecem um elenco de debates teóricos e práticos em diferentes campos com o fim de suscitar reflexões que estimulem renovadas práxis.

O primeiro texto pretende refletir sobre um conjunto de temas que integram a agenda contemporânea. Toma como ponto de partida a contraposição entre modernidade e pós-modernidade para dialogar com a “nova sociologia”, ainda em constituição, nos ensina o autor.

A seguir, um artigo que busca realizar uma análise sobre os regimes de proteção social na América Latina, apontando modelos e tendências, a partir de quadro histórico de desigualdade que assola as nações da referida região.

Numa mesma linha de reflexão, embora a partir  de temáticas distintas, podemos encontrar numa série de “artigos-denúncia” de como o autoritarismo, a transgressão dos direitos e a “exclusão aos direitos mínimos”, que atingem sobretudo “grupos juridicamente vulneráveis”,  atingidos pela violência estão arraigados em nossas origens culturais; vejamos:

Os Impactos sociais da desterritorialização violenta na Amazônia brasileira: o caso da hidrelétrica de Balbina; os grupos juridicamente vulneráveis e a formação da legalidade e do judiciário brasileiro: histórico e tendências do acesso aos direitos e à justiça no Brasil; família e violência: resquícios da cultura patriarcal, cujas considerações finais apontam uma relação importante entre exclusão social, falta de acesso a direitos mínimos, cristalização de papéis sociais, moralismo e violência intrafamiliar. E por fi m, O “Toque de recolher” como um retrocesso ao autoritarismo: caminhos e tendências políticas do Conselho Tutelar em Blumenau - SC.

Na sequência, temos dois artigos em que um aponta a escolarização a partir de um processo educativo de jovens como um caminho para cidadania, o que pode ser conferido em “Escolarização, cidadania e juventude em São João do Triunfo - Paraná”; o outro descreve e analisa o fortalecimento do processo organizativo e a dinâmica participativa dos diferentes segmentos a partir das Conferências Municipais de Saúde, realizadas em diversos municípios de Santa Catarina.

Para finalizar temos dois artigos mais específicos do Serviço Social:

“Desenvolvimento de Comunidade e o Serviço Social: entre o conformismo e a crítica” apresenta como o paradigma do “desenvolvimento comunitário” marcou o Serviço Social e o contraponto que se estabeleceu a partir do Movimento de “Reconceituação”, que se configurou num momento de autocrítica e redefinição profissional. O que situa o assistente social hoje como profissional competente para desmistificar o tradicional conceito de “comunidade” como mera área de abrangência e como propositor de políticas públicas territoriais. Em “Pressupostos para a intervenção profissional em Serviço Social”, num linguajar quase coloquial, as autoras discutem a importância de o profissional apropriar-se do objeto de intervenção que constitui o cotidiano da sua prática numa abertura para a interdisciplinaridade na análise e encaminhamento das diferentes situações sociais. Afirmam que teoria e prática intercalam-se, articulam-se e imbricam-se em um constante movimento dialético.

Boa leitura.

Profa. Dra. Reidy Rolim de Moura

Profa. Dra. Selma Maria Schons

Coordenação da Revista Emancipação