O avanço das políticas conservadoras e o processo de militarização da educação
DOI:
https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.15348.066Resumo
Este artigo tem como foco discutir sobre o avanço das políticas conservadoras na educação brasileira, de modo a entender o movimento de militarização da educação como uma expressão do avanço de tais políticas. Para tanto, inicia-se trazendo, a partir, centralmente, das lentes teóricas de Michael Apple (2003), o conceito de aliança conservadora, compreendendo-o como fundamental para o entendimento do que vem ocorrendo no Brasil. O processo de militarização é, então, colocado em tela, evidenciando-se suas relações com a pauta notadamente de dois dos principais grupos que compõem a aliança: neoliberais e neoconservadores. Na sequência, discute-se a militarização como um exemplo do avanço de políticas conservadoras na Educação Básica, especialmente destinada à etapa do Ensino Fundamental. Por fim, discute-se a intensificação do processo de militarização por meio da promulgação do Programa das Escolas Cívico-Militares (PECIM). As análises realizadas, a partir de pesquisa bibliográfica e documental, evidenciam que o PECIM, na esteira do projeto de militarização em expansão, contrapõe-se e coloca em xeque os princípios da gestão democrática, pilares fundamentais da escola pública, plural, para todos e todas.
Palavras-chave: Políticas conservadoras. Militarização. Programa das Escolas Cívico-Militares.
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