A política educacional e seus objetos de estudo

Autores

  • Ângelo Ricardo de Souza Universidade Federal do Paraná

Resumo

Resumo: O artigo tem característica ensaística e se dedica a apreciar o campo de investigação das políticas educacionais. Tomando a relação entre demandas sociais por educação e a (não) ação do Estado, o trabalho indica que o campo de pesquisa em política educacional se expressa na forma de acesso, gestão e qualidade da educação. Na sequência, o texto discute os objetos de estudo da política educacional, conduzindo à conclusão que o campo de pesquisa em questão trata da relação entre demanda social por educação e o posicionamento do Estado diante desta demanda, com todas as decorrências deste movimento, especialmente às atinentes à disputa pelo poder e suas relações com o universo da educação.

 

Palavras-chave: Políticas educacionais. Pesquisa Educacional. Estado. Epistemologia.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Adrião, T. (2006). Educação e produtividade: a reforma do ensino paulista e a desobrigação do Estado. São Paulo: Xamã.

Arretche, M. (1998). Tendências no estudo sobre avaliação. In: RICO, Elizabeth Melo (Comp.). Avaliação de políticas sociais: uma questão em debate. São Paulo: Cortez.

Ball, S. (2006). Education Policy and Social Class. Londres: Routledge.

Bowe, R. & Ball, S. (1992). Reforming Education & Changing Schools: Case studies in policy sociology. London: Routledge.

Bourdieu, P. (2004). O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Dale, R. (2004). “Globalização e educação: demonstrando a existência de uma “Cultura Educacional Mundial Comum ” ou localizando uma “Agenda Globalmente Estruturada para a Educação”? Educação & Sociedade, v. 25, n. 87, pp. 423-460.

Ferraz, M. A. (2011). Estado, Política e Sociabilidade. In: Souza, A. R.; Gouveia, A. B.; & Tavares, T. M. (Comp.). Políticas Educacionais: conceitos e debates. Curitiba: Appris.

Figueiredo, A. M. C.; & Figueiredo, M. F. (1996). Avaliação política e avaliação de políticas: um quadro de referência teórico. São Paulo: IDESP.

Fonseca, M. (1997). O Banco Mundial e a gestão da educação brasileira. In: Oliveira, D. A. (Comp.). Gestão democrática da educação. Petrópolis: Vozes.

Fonseca, M..; Toschi, M. S.; & Oliveira, J. F. (2004). Escolas Gerenciadas. Goiânia: Ed. Da UCGo.

França, M. T. A.; & Gonçalves, F. (2008). “Justiça social no ensino fundamental brasileiro: transmissão intergeracional de desigualdade e qualidade educacional”. Revista de Estudos Universitárias, v. 34, pp. 111-136.

Gonçalves, F.; & França, M. T. A. (2009). “Transmissão intergerencial de desigualdade e qualidade educacional”. Ensaio. Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 16, n. 61, pp. 17-48.

Gouveia, A. B. (2009). “Direita e esquerda na política educacional: Democracia, partidos e disputas entre projetos de administração pública municipal no Brasil”. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 90, n. 224, pp. 32-58.

Kowarick, L. (1979). A espoliação urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Maquiavel, N. (1996). O príncipe. São Paulo: Nova Cultural.

Mainardes, J.; & Marcondes, M. I. (2009). “Entrevista com Stephen J. Ball: um diálogo sobre justiça social, pesquisa e política educacional”. Educação e Sociedade. v. 30, n. 106, pp. 303-318.

Muller, P.; & Surel, Y. (2002). A análise das Políticas Públicas. Pelotas: EUCAT.

Negt, O.; & Kluge, A. (1999). O que há de político na política. São Paulo: Ed. UNESP.

Oliveira, R. P. (2006). Estado e Política Educacional no Brasil: Desafios do Século XXI. Tese de Livre-Docência (Educação) São Paulo: FEUSP.

Peroni, V. (2003). Política Educacional e Papel do Estado no Brasil dos anos 1990. São Paulo: Xamã.

RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.

Romanelli, O. O. (1996). História da educação no Brasil (1930- 1973). Petrópolis, RJ: Vozes.

Souza, Â. R. (2008). “As relações entre os resultados da avaliação e os modelos de gestão escolar”. Intermeio, v. 13, pp. 66-83.

Souza, Â. R. (20014). “A pesquisa em políticas educacionais no Brasil: de que estamos tratando?”. Práxis Educativa, v. 9, n. 2, pp. 355-367.

Souza, Â. R.; & Damaso, A. F. (2007). “Análise das políticas educacionais na oferta de educação infantil na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná”. Jornal de Políticas Educacionais, v. 1, n. 2, pp. 32-40.

Spósito, M. P. (1984). O Povo vai à escola. São Paulo: Loyola.

Stumpf, I. (2008). “Avaliação pelos pares nas revistas de comunicação: visão dos editores, autores e avaliadores”. Perspectiva em Ciência da Informação. v. 13, n. 1, pp. 18-32.

Tavares, T. M. (2009). Dos conteúdos da gestão da educação no Sistema Estadual de Ensino no Paraná . In: Vosgerau, M. (Comp.). Trabalho do professor no espaço escolar. Curitiba: Editora Champagnat.

Tello, C. (Comp.). (2013). Epistemologías de la Política Educativa: posicionamentos, perspectivas y enfoques. Campinas: Mercado de Letras.

Weber, M. (1970). Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cutrix.

Weber, M. (2004). Economia y sociedad: esbozo de sociologia comprensiva. México: FCE.

Weber, M. (2010). Conceitos Sociológicos Fundamentais. Covilhã/Portugal: Lusofonia.

Downloads

Publicado

2017-08-13

Como Citar

SOUZA, Ângelo R. de. A política educacional e seus objetos de estudo. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 75–89, 2017. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/10450. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artículos