FORMAÇÃO DE PROFESSORES, VARIAÇÃO DIALETAL E AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA EM TERRA DE MIGRANTES: UMA CONSTATAÇÃO NO PORTAL DA AMAZÔNIA - BRASIL - Doi: http://dx.doi.org/10.5212/OlharProfr.v.11i1.137152
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Abstract
O Ensino de Língua Portuguesa - LP nas séries iniciais deveria considerar as variações lingüísticas como elementos-chave para a eficácia da aprendizagem da escrita. É impensável um curso de Formação de Professores de Alfabetização ou de Ensino de Língua Portuguesa que não tenha como prioridade considerar a diversidade e heterogeneidade lingüística do país. Imaginemos tal heterogeneidade e diversidade sócio-lingüístico-cultural migrando para um mesmo local. É como se todo o país mandasse representantes linguísticos para construir uma nova sociedade, na qual se inserem as crianças da rede pública de ensino. Os Cursos de Formação de Professores não têm conseguido alcançar soluções para que os professores consigam administrar o ensino da escrita considerando a variedade dialetal da fala, socialmente conflituosa. Isso significa dizer que se termina por ministrar um ensino que considera escrita e fala como homogêneas. Na ponta desse “iceberg” encontramos um professor em conflito, insatisfeito com a queixa constante da sociedade: “as crianças e jovens não sabem ler, nem escrever”. As estatísticas mostradas pela mídia confirmam a angústia dos professores. No Estado de Rondônia, conhecido como o Portal da Amazônia, o conflito de professores e alunos estende-se à sociedade, que considera ser a Educação Básica “um ensino fraco”, estabelecendo uma relação de preconceito linguístico, máscara para o preconceito econômico-social quase inevitável entre populações migrantes e imigrantes. A aquisição da linguagem formal da escola, que passa pela aquisição da leitura e da escrita, exige que o professor saiba articular, no mínimo, três variáveis: o aluno migrante, sua variação dialetal e o ensino formal da língua.
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