Reflexões (quase) antropofágicas sobre remunerações desiguais de docentes no Brasil e nos Estados Unidos da América (do Norte)
DOI:
https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.17.20876.088Resumo
O artigo analisa a remuneração de professores no Brasil e nos Estados Unidos da América (do Norte) a partir de uma proposta de diálogo comparado não valorativo e em sintonia com perspectivas pós-coloniais. A ideia de (quase) antropofagia justifica-se na percepção que é possível um diálogo internacional a partir de um olhar dos problemas do Sul Global para a agenda de pesquisa. Utiliza fontes públicas sobre remuneração da Relação de Informações Sociais (RAIS) do Brasil e dados do Schools and Staffing Survey (SASS) dos Estados Unidos, de 2020. Entre as conclusões, indica que os debates no Brasil que consideram a experiência estadunidense nas políticas educacionais superdimensionam as políticas de mérito/bônus e desconsideram outros elementos que marcam o debate nos Estados Unidos em termos de desigualdades na profissão docente, tais como acúmulo de outros empregos além da docência, jornada laboral mais extensa, variação salarial em diferentes estados/municípios/distritos.
Palavras-chave: Políticas educacionais. Financiamento da educação. Remuneração de professores.
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