Enfoques e abordagens para a análise de políticas educacionais: primeiras aproximações

Autores

  • Laélia Portela Moreira PPGE/Unesa

DOI:

https://doi.org/10.5212/retepe.v.2.008

Resumo

Resumo: O campo da política educacional, a despeito de sua relativa juventude e vinculação originária à ciência política, já conta com algumas propostas específicas para a investigação pertinente, como, por exemplo, a abordagem do ciclo de políticas, o Enfoque das Epistemologias da Política Educacional (EEPE), a Cartografia Social e a Análise Crítica do Discurso, dentre outras. Tais modelos visam contribuir para a consolidação da pesquisa nesse campo, nos limites permitidos por seu caráter meta-analítico, considerando-se, ainda, os pressupostos e filiações teóricas assumidas por seus investigadores. Este texto, de viés descritivo-analítico, abordagem pluralista e caráter introdutório visa apresentar alguns dos enfoques apropriados para a investigação no campo da política educacional a partir do reconhecimento da sua relevância para a formação dos investigadores iniciantes. O texto está dividido em duas partes principais. Na primeira, apresenta-se uma breve caracterização do campo e discutem-se algumas questões relacionadas à investigação concernente. Em seguida, apresentam-se, em traços gerais, quatro enfoques apropriados para a pesquisa do campo, com o intuito de mapeá-las para os interessados em aprofundá-las posteriormente.

 

Palavras-chave: Política educacional. Epistemetodologia. Pesquisa em política educacional.

Downloads

Métricas

Visualizações em PDF
954
Aug 16 '17Aug 19 '17Aug 22 '17Aug 25 '17Aug 28 '17Aug 31 '17Sep 01 '17Sep 04 '17Sep 07 '17Sep 10 '17Sep 13 '1711
| |

Referências

Almeida, M. L. P. de; Tello, C. G. (2013) “Consolidando o campo da investigação em política educacional”. In: C. G. Tello & M. L. P. Almeida. Estudos epistemológicos no campo da pesquisa em política educacional. (pp. 9-24). Campinas, Mercado de Letras.

Arretche, M. (2003.) “Dossiê agenda de pesquisa em políticas públicas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 51, 7-9.

Azevedo, J. M. L. & Aguiar, M. A. (2001). “A produção do conhecimento sobre a política educacional no Brasil: um olhar a partir da ANPED”. Educação e Sociedade, 23 (77), 49-70.

Ball, S. J. & Mainardes, J. (2011). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo, Cortez.

Bowe, R.; Ball, S. & Gold, A. (1992). Reforming education & changing schools: case studies in policy sociology. London, Routledge.

Brochier, C. (2006). “Algumas observações e proposições sobre a metodologia das pesquisas de sociologia empírica”. Pro-posições, 17 (49), 243-268.

Fairclough, N. (2008). “El análisis crítico del discurso y la mercantilización del discurso público: las Universidades”. Discurso & Sociedad, v. 2, (1), 170-185.

Faria, C. A. P. de. (2012). “Implementação: ainda o ‘elo perdido’ da análise de políticas públicas no Brasil”. Revista Debates, 6 (2), 13-36.

Flores-Crespo, P. (2011). “Análisis de política educativa: un nuevo impulso”. Revista Mexicana de Investigación Educativa, 16 (50), 687-698.

Follari, R. A.(2008). “Problemas em torno da pesquisa qualitativa”. In: L. Bianchetti & P. Meksenas. A trama do conhecimento (Orgs.), pp.73-4. Campinas, Papirus.

Frey, Klaus. (2000). “Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil”. Planejamento e Políticas públicas, 21, 211-259.

Losada L. R., Casas, A. C. (2008). Enfoques para el análisis politico: Historia, Epistemología y perspectivas de la ciência política”. Bogotá: Editorial Pontificia Universidad Javieriana.

Mainardes, J. (2006) “Abordagem do ciclo de políticas: Uma contribuição para a análise de Políticas educacionais”. Educação e Sociedade, 27 (94), 47-69.

Mainardes, J. (2009). Análise de políticas educacionais: breves considerações teórico-metodológicas. Contrapontos, 9 (1), 4-16.

Mainardes, J. (2013). Las epistemologías de la política educativa e sus contribuciones para el campo. In: César Tello. (Org.). Epistemologías de la política educativa: posicionamientos, perspectivas y enfoques (pp. 517-526). Campinas, Mercado de Letras.

Mainardes, J. (2015). “Reflexiones sobre el objeto de estudio de la política educativa”. En: Tello, C. (Compilador). Los objetos de estudio de la política educativa: hacia una caracterización del campo teórico (pp. 25-42). Buenos Aires: Autores de Argentina. Libro digital, EPUB.

Mainardes, J. (no prelo) A pesquisa sobre política educacional no Brasil: análise de aspectos teórico-epistemológicos. Educação em Revista.

Mainardes, J; Gandin, L. A. (2013a) “A abordagem do ciclo de políticas como epistemetodologia: usos no Brasil e contribuições para a pesquisa sobre políticas educacionais”. In: C. Tello & M. L. P. Almeida. (Orgs.) Estudos epistemológicos no campo da pesquisa em política educacional (pp. 143-168). Campinas, Mercado das Letras.

Mainardes, J. & Gandin, L. A. (2013b) Contributions of Stephen J. Ball to the research on educational and curriculum policies in Brazil. London Review of Education, 11(3), 256-264.

Mainardes, J. & Marcondes, M. I. (2009). “Entrevista com Stephen J. Ball: um diálogo sobre justiça social, pesquisa e política educacional”. Educação e Sociedade, 30 (106), 303-318.

Mainardes, J. & Tello, C. (2016). A pesquisa no campo da política educacional: explorando diferentes níveis de abordagem e abstração. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, 24 (75), 1-16.

Martins, A. M. (2011). “A pesquisa na área de política e gestão da educação básica: aspectos teóricos e metodológicos”. Educação e Realidade, 36 (2), 379-393.

Martins, A. M. (2013). “O campo das políticas públicas de educação: uma revisão de literatura”. Estudos em Avaliação Educacional, 24 (56), 276-299.

Miranda, E.M. (2014) “Una ‘caja de herramientas’ para el análisis de la trayetoria de la política educativa: la perspectiva de los ciclos de la política (policy cycle approach)”. En: E. Miranda, & N. A. P. Bryan (Organizadores). (Re) pensar a educação pública: contribuições da argentina e do Brasil. Campinas, Alínea.

Parsons, W. (1995). “Public policy: an introduction to the theory and practice of policy analysis”. Aldershot, UK ; Brookfield, Edward Elgar.

Paulston, R. R. G. (2001). “El espacio de la educación comparada y el debate sobre el posmodernismo.” Propuesta Educativa, 23, 18-31.

Perez, J. R. R. (2010). “Por que pesquisar implementação de políticas educacionais atualmente?. Educação & Sociedade, 31 (113), 1179-1193.

Pini, M. E. (2013). “El análisis crítico del discurso (ACD). Aspectos Teóricos y metodológicos en la investigación de políticas educativas. En: Tello, C. G. (coord. Y compilador). Epistemologías de la política educativa: posicionamientos, perspectivas y enfoques (pp.69-90). Campinas, Mercado das Letras.

Resende, V. de M; Ramalho, V. (2006). “Análise de Discurso Crítica”. São Paulo: Editora Contexto.

Souza, A. R. (2014). “A pesquisa em políticas educacionais no Brasil: de que estamos tratando?” Praxis Educativa, 9 (2), 355-367.

Souza, C. (2006). “C. Políticas públicas: uma revisão da literatura”. Sociologias, 8 (16), 20-45.

Souza, C. (2003). “Estado do campo da pesquisa em políticas públicas no Brasil”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 18 (51), 15-20.

Souza, C. (2006). “Políticas Públicas: uma revisão de literatura”. Sociologias, 8 (16), 20-45.

Stremel, S. (2016). A constituição do campo acadêmico da política educacional no Brasil. 2016. 315 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa.

Stremel, S. (2017). Aspectos teórico-metodológicos para a análise da constituição do campo acadêmico da política educacional no Brasil. Revista de Estudios teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, v. 2.

Stremel, S. & Mainardes, J. (2015) “A disciplina política educacional em cursos de pedagogia no Brasil: primeiras aproximações”. Jornal de Políticas Educacionais, 9 (17 -18), 137–155.

Stremel, S. & Mainardes, J. (2016). A emergência do campo acadêmico da política educacional em diferentes países. Tópicos Educacionais, 22 (1), 2016.

Tello. C. (2012). “Las epistemologías de la política educativa: vigilancia y posicionamiento epistemológico del investigador en política educativa”. Práxis Educativa, 7 (1), 53-68.

Tello, C. (2013a) “Las epistemologías de las políticas educativas: notas históricas y epistemológicas sobre el campo.” En: Tello, C. G. (coord. y compilador). Epistemologías de la política educativa: posicionamientos, perspectivas y enfoques (pp.23-68). Campinas, Mercado das Letras.

Tello, C. (2013b). “El campo teórico de la política educacional: modelos, abordajes y objetos de estudio”. Jornal de políticas educacionais, 14, 62–75.

Tello, C. (2015a). “La enseñanza de la política educativa y la formación de investigadores e el campo: entre las matrices históricas y la episteme de época”. Revista de Educação Pública, 24 (55), 125-151.

Tello, C. (Compilador) (2015b). “Los objetos de estudio de la política educativa: tres argumentaciones epistemológicas para su análises”. En: Los objetos de estudio de la política educativa: hacia una caracterización del campo teórico. 1a. ed. Buenos Aires: Autores de Argentina. Libro digital, EPUB.

Tello, C. & Gorostiaga, J. (2009). “El enfoque de la cartografia social para el análisis de debates sobre políticas educativas”. Praxis Educativa, 4 (2), 159-168.

Tello, C. & Gorostiaga, J. (2013). “Aportes da cartografia social para uma epistemologia do visual na pesquisa sobre política educativa.”. In: Tello, C. & Almeida, M. L. P. de. (Orgs.) Estudos epistemológicos no campo da pesquisa em política educacional (pp. 168-191). Campinas, Mercado das Letras.

Tello, C. & Mainardes, J. (2015) “Revisitando o enfoque das epistemologias da política educacional”. Práxis Educativa, 10 (1), 153-178.

Downloads

Publicado

2017-08-16

Como Citar

MOREIRA, L. P. Enfoques e abordagens para a análise de políticas educacionais: primeiras aproximações. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, [S. l.], v. 2, p. 1–14, 2017. DOI: 10.5212/retepe.v.2.008. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/10493. Acesso em: 2 abr. 2025.

Edição

Seção

Artículos