As teorias da gestão escolar e sua influência nas escolas públicas brasileiras

Autor/innen

  • Ângelo Ricardo de Souza UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5212/retepe.v.2.016

Abstract

Resumo: Este artigo teórico busca cotejar as teorias clássicas e críticas da gestão escolar no Brasil com o cotidiano deste campo nas escolas públicas do país, contemporaneamente. O trabalho se debruça sobre os escritos de Carneiro Leão, Querino Ribeiro, Anísio Teixeira e Benno Sander, na perspectiva clássica, e de Miguel Arroyo, Fátima Félix e Vitor Paro, na perspectiva crítica, buscando sintetizar o as ideias principais dessas escolas de pensamento. A partir de tal síntese, o estudo contrapõe os elementos mais emblemáticos daquelas teorias com os estudos mais recentes do campo, que demonstram estar mais articulados à realidade empírica das escolas brasileiras. O artigo conclui indicando que há um grau de desconexão entre as teorias clássicas e críticas com a gestão escolar contemporânea, mas, ao mesmo tempo, é possível se perceber algumas relações e influências, tendo em vista a forte veia prescritiva da teoria no campo da gestão escolar.

 

Palavras-chave: Gestão escolar. Administração escolar. Teorias clássicas. Teorias críticas.

Metriken

Metriken werden geladen ...

Literaturhinweise

Abdian, G. Z. (2010). As publicações da ANPAE e a trajetória do conhecimento em Administração da educação no Brasil. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 40, 31-50.

Abdian, G. Z., Nascimento, P. H. C. & Silva, N. D. B. (2016). Desafios teórico-metodológicos para as pesquisas em administração/gestão educacional/escolar. Educação & Sociedade, 37 (135), 465-480.

Abdian, G. Z., Andrade, E. & Parro, A. L. G. (2017). Sentidos de política e/de gestão nas pesquisas sobre a escola. Educação & Pesquisa, 43 (3), 727-742.

Arroyo, M. G. (1979). Administração da educação, poder e participação. Educação e Sociedade. 1 (2), 36-46.

Barroso, J. (2009). A utilização do conhecimento em política: o caso da gestão escolar em Portugal. Educação & Sociedade, 30 (109), 987-1007.

Bourdieu, P. (1998). Escritos de educação. Petrópolis: Vozes.

Chauí, M. (1997). Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez.

Drabach, N. P. (2009). Primeiros Escritos sobre Administração Escolar no Brasil aos escritos sobre gestão escolar: mudanças e continuidade. Monografia (Especialização em Gestão Educacional) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.

Félix, M. F. C. (1984). Administração escolar: um problema educativo ou empresarial? Análise da proposta do estado capitalista brasileiro para a burocratização do sistema escolar. São Paulo: Cortez/Autores Associados.

Leão, A. C. (1953). Introdução à administração escolar (3a ed.). São Paulo: Cia. Editora Nacional.

Martins, A. M. & Sousa, S. Z. (2012). A produção científica sobre avaliação educacional e gestão de sistemas e de escolas: o campo da questão entre 2000 e 2008. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, 20 (74), 9-26.

Oliveira, A. C. P. (2015). As relações entre Direção, Liderança e Clima Escolar em escolas municipais do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado em Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Paro, V. H. (1988). Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez; Autores Associados.

Paro, V. H. (1995). Por dentro da escola pública. São Paulo: Xamã.

Paro, V. H. (2010). A educação, a política e a administração: reflexões sobre a prática do diretor de escola. Educação & Pesquisa, 36 (3), 763-778.

Ribbins, P. & Gunter, H. (2002). Mapping leadership studies in education. Educational management & administration. 30 (4), 359-385. Londres: Sage Publ.

Ribeiro, J. Q. (1952). Ensaios de uma teoria da administração escolar. São Paulo: USP.

Ribeiro, D. S. & Machado, L. M. (2007). Teorias de Administração Escolar em Querino Ribeiro e Lourenço Filho: raízes e processos de constituição de modelos teóricos. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 23, 13-28.

Sander, B. (1981). Administração da Educação no Brasil: evolução do conhecimento. Brasília: ANPAE/Edições UFC.

Sander, B. (1984). Consenso e conflito: perspectivas analíticas na pedagogia e na administração da educação. São Paulo: Pioneira.

Souza, A. R. (2006). Os dirigentes escolares no Brasil. Educação: Teoria e Prática, 15 (27), 51-82.

Souza, A. R. (2007). Perfil da gestão escolar no Brasil. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Souza, A. R. (2009b). A pesquisa no campo da Gestão da Educação: algumas reflexões sobre as relações entre produção doconhecimento e a prática da gestão educacional. Retratos da Escola, 3 (4), 81-94.

Souza, A. R. (2009). Explorando e construindo um conceito de gestão escolar democrática. Educação em Revista, 25 (3), 123-140.

Souza, A. R. (2017). As condições de democratização da gestão da escola pública brasileira. Anais do XIII Educere – Congresso Nacional de Educação. Curitiba, PR, Brasil: Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Souza, A. R. & Gouveia, A. B. (2010). Diretores de escolas públicas: aspectos do trabalho docente. Educar em Revista, número especial (1), 173-190.

Souza, A. R.; Tavares, T. M. (2014). A gestão educacional no Brasil: os legados da ditadura. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 30

(2), 269-285.

Tavares, T. M. (2004). Gestão pública do sistema de ensino no Paraná (1995-2002). Tese de Doutorado em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Teixeira, A. (1961). Que é administração escolar? Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, 36 (84), 84-89.

Teixeira, A. (1968). Natureza e função da administração escolar. In TEIXEIRA, A. et al. Administração Escolar. Salvador: ANPAE.

Tragtemberg, M. (1974). Burocracia e ideologia. São Paulo: Ática.

Veröffentlicht

2017-10-24

Zitationsvorschlag

SOUZA, Ângelo R. de. As teorias da gestão escolar e sua influência nas escolas públicas brasileiras. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, [S. l.], v. 2, p. 1–19, 2017. DOI: 10.5212/retepe.v.2.016. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/10692. Acesso em: 24 nov. 2024.

Ausgabe

Rubrik

Artículos