O uso de Tecnologias Assistivas para inclusão do aluno surdo na Educação Básica

Conteúdo do artigo principal

Dr.ª Ana Carolina Reis Pereira
https://orcid.org/0000-0003-1727-7439
Dr.ª Mara Silvia Pasian
https://orcid.org/0000-0002-4974-0750

Resumo

A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em prol da Educação vem sendo amplamente discutida na sociedade atual. Este trabalho teve o objetivo de identificar quais Tecnologias Assistivas (AT) têm sido utilizadas no processo ensino-aprendizagem dos alunos surdos na Educação Básica considerando as teses e dissertações defendidas entre os anos de 2014 e 2019, e mapear quais se mostram mais adequadas a suprir as necessidades dos alunos surdos. Entretanto, após consulta aos bancos de dados digitais das teses e dissertações, verificou-se haver uma profunda escassez de investigações orientadas à análise da inclusão de alunos surdos na Educação Básica, através do uso das Tecnologias Assistivas. Dentre as pesquisas que atenderam aos critérios estabelecidos, é possível identificar um hiato entre a produção destas tecnologias e o seu uso neste locus. Assim, após a análise dos dados, concluiu-se que, não obstante todo o avanço das Tecnologias Assistivas nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que elas possibilitem a inclusão das crianças surdas no contexto escolar.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
PEREIRA, A. C. R.; PASIAN, M. S. O uso de Tecnologias Assistivas para inclusão do aluno surdo na Educação Básica. Olhar de Professor, [S. l.], v. 26, p. 1–20, 2023. DOI: 10.5212/OlharProfr.v.26.18371.001. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/18371. Acesso em: 22 nov. 2024.
Seção
Artigos em fluxo contínuo
Biografia do Autor

Dr.ª Ana Carolina Reis Pereira, Universidade Fdral do Recôncavo da Bahia - UFRB

Possui Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Segunda Licenciatura em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Especializada em Educação e Tecnologias, com habilitação em Docência na Educação a Distância, pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), realizou uma parte dos seus estudos na Facultat de Ciències de lEducació, da Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), em 2017, na modalidade doutorado-sanduíche, com financiamento da CAPES. Pesquisadora da temática Educação em Direitos Humanos, e das técnicas de mediação de conflitos para prevenção da violência escolar, a perspectiva teórica que orienta suas pesquisas remete a três campos temáticos: a Filosofia, a Sociologia e a Educação. No campo da formação docente e da gestão educacional, exerceu de 2007 a 2010, o cargo de Coordenadora da Diretoria de Formação e Experimentação Educacional do Instituto Anísio Teixeira (IAT/SEC), órgão da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC/BA), responsável pela formação continuada dos profissionais da educação de todo o Estado e da experimentação estratégica em Educação, assumindo, de 2010 até 2011, o cargo de Diretora de Formação e Experimentação Educacional, onde realizou funções de gestão, avaliação e pesquisa. É Professora Adjunta do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no curso de Licenciatura em Filsofia. Integra o Núcleo de Pesquisa e Extensão Filosófica (NUPEF), do Curso de Filosofia da UFRB. Tem experiência com os seguintes temas: Filosofia e Educação, Formação de Professores, Docência da Educação a Distância, Educação em Direitos Humanos, História Oral de Vida, Mediação de conflitos e Violência escolar.

Dr.ª Mara Silvia Pasian, Universidade Federal do ABC - UFABC

Professora da Universidade Federal do ABC (UFABC) do Centro de Matemática, Computação e Cognição (CMCC). Pós-doutorado (2014-2015) em Psicologia sobre o desenvolvimento da criança e da família (CEIDEF) da Universidade de Quebec em Trois-Rivières (UQTR), Canadá. Pós-doutorado (2012-2014) em Educação Especial pela FAPESP no Projeto: A análise do funcionamento das Salas de Recurso Multifuncional (SRM) em diferentes regiões do Brasil - UFSCar. Doutora em Psicologia pela USP. Possuí graduação em Pedagogia e Mestrado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Atua em pesquisas na Educação Especial e Inclusão com enfoque em Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Altas Habilidades/ Superdotação (AH/SD). Também atua em áreas do desenvolvimento infantil e aprendizagem, comportamento e aprendizagem, maus-tratos infantis, negligência e orientação familiar. Docente e Tutora da Educação a Distância da UFSCar na graduação e na pós graduação no curso de Educação e Tecnologia (EduTec)

Referências

BARBOSA, J. S. L. A tecnologia assistiva digital na alfabetização de crianças surdas. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) - Núcleo de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2011. Disponível em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/4722/1/JOSILENE_SOUZA_LIMA_BARBOSA.pdf. Acesso em: 09 nov. de 2019.

BERSCH, R. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto Alegre: Assistiva Tecnologia e Educação, 2017. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf. Acesso em: 09 nov. de 2019.

BORGES, W. F. Tecnologia assistiva e práticas de letramento no Atendimento Educacional Especializado. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão: Universidade Federal de Goiás, 2015. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4472. Acesso em: 09 nov. de 2019.

BRASIL. Constituição Federal, de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em: Acesso em: 07 jan. 2011.

BRASIL. Declaração de Salamanca: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Brasília, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 11 fev. de 2022.

BRASIL. Decreto Federal n.° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n° 10.436, de 24/04/2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras. Brasília, DF, [2005]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 05 nov. de 2019.

BRASIL. Decreto n.º 6.300, de 12 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional-ProInfo, Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 3, 13 dez. 2007a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6300.htm. Acesso em: 20 ago. de 2021.

BRASIL. Decreto n.º 7.611/2011, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado, Brasília, DF, [2011]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 20 ago. de 2021.

BRASIL. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 18551, 27 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 07 dez de 2018.

BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 15 de nov. de 2018.

BRASIL. Lei n.º 10.436/2002, de 2 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, DF, [2002]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 15 de nov. de 2018.

BRASIL. Lei n.º 14.191, de 03 de agosto de 2021. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. Brasília, DF, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Lei/L14191.htm. Acesso em: 21 de ago. de 2022.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Especial. Coleção: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, Fascículos de 1 a 10, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=860&id=12625&option=com_content&view=article. Acesso em: 11 nov. de 2019.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: o Direito à Escola Acessível, 2011. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9933-manual-programa-escola-acessivel&Itemid=30192. Acesso em: 11 nov. de 2019.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização - surdez. 4. ed. Brasília, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pet/192-secretarias-112877938/seesp-esducacao-especial-2091755988/12654-saberes-e-praticas-da-inclusao-educacao-infantil. Acesso em: 20 ago. de 2021.

BRASIL. Ministério da Educação, Ministério da Justiça e Cultura, Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, Brasília: UNESCO, 2007b.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n.º 522/1997, de 9 de abril de 1997. Cria o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), Brasília, DF, [1997]. Disponível em: http://www.lex.com.br/doc_348748_PORTARIA_N_522_DE_9_DE_ABRIL_DE_1997.aspx. Acesso em: 05 nov. de 2019.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acesso em: 07 dez de 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida, 2020. Disponível: https://www.gov.br/mec/pt-br/media/acesso_informacacao/pdf/PNEE_revisao_2808.pdf. Acesso em: 05 out de 2022.

CAMPOS, M. de B.; SANTAROSA, L. M. C.; GIRAFFA, L. M. Ambiente Telemático de Interação e Comunicação para Suporte à Educação Bilíngue de Surdos. Informática na Educação: Teoria & Prática, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 119-130, 2002. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/view/5278. Acesso em: 12 jul. de 2019

COSTA, M. S. O. Os benefícios da informática na educação dos surdos. Momento, Rio Grande, v. 20, n. 1, p. 101-122, 2011. Disponível em: https://periodicos.furg.br/momento/article/view/2271/1370. Acesso em: 03 nov. de 2016.

ESPOTE, R.; SERRALHA, C. A.; SCORSOLINI-COMIN, F. Inclusão de surdos: revisão integrativa da literatura científica. Psico-USF, Bragança Paulista, v. 18, n. 1, p. 77-88, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusf/a/kcXkXchtQsncxsgcjTMCm7d/?lang=pt#:~:text=Hist%C3%B3rico-,Resumos,analisados%20na%20%C3%ADntegra%20sete%20artigos. Acesso em: 04 set. de 2022.

FARDO, M. L. A gamificação aplicada em ambientes de aprendizagem. RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 1-9, 2013. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/41629/26409. Acesso em: 03 nov. de 2016.

GALVÃO FILHO, T. A. Tecnologia Assistiva para uma escola inclusiva: apropriação, demandas e perspectivas. 2009. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10563/1/Tese%20Teofilo%20Galvao.pdf. Acesso em: 12 jul. de 2019.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

LOCUS. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível em: https://www.dicio.com.br/locus/. Acesso em: 21 ago. de 2021.

LOPES, M. C. Surdez e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção Cotidiano Escolar).

MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Rev. Bras. Educ. n.11, 33, p. 387-405, 2006. https://doi.org/10.1590/S1413-24782006000300002 Acesso em: 15 set. 2021.

OLIVEIRA, C. D. de. Recursos de tecnologia assistiva digital para pessoas com deficiência sensorial: uma análise na perspectiva educacional. Dissertação (Mestrado em Ciência, Tecnologia e Sociedade) - Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/7855/DissCDO.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12 jul. 2019.

PASCHUINI, E. A. A infoinclusão de alunos surdos na educação de jovens e adultos utilizando o aplicativo Hand Talk em sala de aula. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/40897. Acesso em: 12 jul. de 2019.

PRIETCH, S. S. Aceitação de tecnologia por estudantes surdos na perspectiva da educação inclusiva. 2014. Tese (Doutorado em Engenharia de Computação) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3141/tde-26082015-163335/pt-br.php. Acesso em: 12 jul. de 2019.

RIBAS, A. C. Diretrizes para desenvolvimento de ícones digitais acessíveis ao público surdo. 2018. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198915. Acesso em: 12 jul. de 2019.

ROCHA, D. F. S. Uma Tecnologia Assistiva baseada na semiótica peirceana para a educação inclusiva de crianças surdas e ouvintes. 2016. Dissertação (Mestrado em Informática) - Programa Pós-Graduação em Informática. Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2016. Universidade Federal de Alagoas. Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/1717. Acesso em: 12 jul. de 2019.

SASSAKI, R. K. Inclusão: o paradigma do século XXI. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf. Acesso em: 12 jul. de 2019

SKLIAR, C. A invenção e a exclusão da alteridade deficiente a partir dos significados da normalidade. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 24, n.1, p. 15-32, 1999. Disponível em:https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/55373. Acesso em: 06 mai. de 2015.

ZOVICO, N. A Tecnologia evoluiu muito! Revista Nacional de Reabilitação (REAÇÃO), Ano XV, n. 85, p. 30, 2012.