Wishful thinking: processos de significação no discurso da crise de aprendizagem de organizações multilaterais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.17.20775.086

Resumo

Neste artigo, analisa-se o discurso da crise de aprendizagem nos documentos publicados por organismos multilaterais: Banco Mundial, Comissão de Educação da ONU, Unesco e Unicef, entre 2013 e 2021. Com fundamento na Teoria de Redes Políticas de Stephen Ball e na Análise Crítica do Discurso de Norman Fairclough, identificou-se que a crise anunciada transita, em perspectiva interescalar, entre a ideia de um fenômeno global, justificado por problemas locais, centrado na agência do professor e do aluno. Trata-se um discurso retórico, impregnado de wishful thinking (falácias de esperança), destacando-se: a escola e os professores são os culpados pela crise; as organizações têm soluções para reduzi-la; o enfrentamento requer parcerias envolvendo governos, comunidade escolar, terceiro setor e setor privado, sob liderança das organizações. Os discursos estruturam-se em um Ciclo Estratégico Persuasivo – comoção, sedução, promessa e venda – para convencer leitores e organizar os atores da política educacional em torno da governança em rede.

Palavras-chave: Política Educacional. Crise de aprendizagem. Análise Crítica do Discurso.

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Biografia do Autor

Olivia Rochadel, Instituto Federal de Santa Catarina

Doutora em Educação. Mestra em Educação. Pedagoga. Professora substituta no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Professora na Univali.

Regina Celia Linhares Hostins, Universidade do Vale do Itajaí

Doutora em Ciências da Educação. Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Líder do Grupo de Pesquisa Observatório de Políticas Educacionais.

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Publicado

2022-08-20

Como Citar

ROCHADEL, O.; HOSTINS, R. C. L. Wishful thinking: processos de significação no discurso da crise de aprendizagem de organizações multilaterais. Práxis Educativa, [S. l.], v. 17, p. 1–19, 2022. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.17.20775.086. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/20775. Acesso em: 7 maio. 2024.