Iniciação Científica no Novo Ensino Médio: a docência em uma escola pública de Salvador (2024)
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a experiência pedagógica desenvolvida na disciplina de Iniciação Científica, componente dos itinerários formativos do Novo Ensino Médio, em uma escola pública de Salvador, Bahia, no ano letivo de 2024. A proposta buscou estimular o pensamento crítico, a autonomia intelectual e o protagonismo estudantil por meio da realização de projetos de pesquisa. O estudo, de abordagem qualitativa e fundamentado na análise de conteúdo, acompanhou duas turmas da 2ª série do Ensino Médio. Os resultados indicam que a Iniciação Científica pode contribuir para o desenvolvimento de competências investigativas, para a valorização da produção escrita e para a construção da autonomia discente, ao mesmo tempo em que revelou desafios relacionados à estrutura curricular e às metodologias de ensino. Conclui-se que a disciplina pode constituir um espaço estratégico de formação crítica no Ensino Médio, desde que sejam asseguradas condições adequadas de implementação.
Downloads
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Os autores são autorizados a assinarem contratos adicionais, separadamente, para distribuição não exclusiva da versão publicada nesta revista (por exemplo, em repositórios institucionais ou capítulos de livros), com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista).
c) Os autores são estimulados a publicar e distribuir a versão onlline do artigo (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal), considerando que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e as citações do artigo publicado.
d) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas.
e) Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
______________

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
ALVARENGA, E. Pesquisa e prática em educação. SESES: Rio de Janeiro, 2019.
BACICH, L.; MORAN, J. (org). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BAHIA. Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Documento Curricular Referencial da Bahia – Etapa Ensino Médio: Volume II. Salvador: Secretaria da Educação do Estado da Bahia, 2022. Disponível em: <https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/cedoc/detalhe/tf-documento-curricular-referencial-da-bahia-dcrb-volume-2-etapa-ensino-medio,80946d45-2c07-4d60-9262-ec91b2d97bac>. Acesso em: 2 maio 2025.
BARCA, I. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED), Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131-144.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto; Augusto Pinheiro. 3. reimp. da 1. ed. São Paulo: Edições 70, 2016.
BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estrategias de ensenanza-aprendizaje: orientaciones didácticas para la docencia universitaria. Instituto interamericano de cooperacion para la agricultura, San José, Costa Rica, 1982.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 25 set. 2025.
BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 17 fev. 2017. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13415-16-fevereiro-2017-784336-norma-pl.html>. Acesso em: 1 maio 2025.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 3, de 21 de novembro de 2018. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 nov. 2018. Disponível em: <https://www.mec.gov.br/rceb003_18>. Acesso em: 01 maio 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Homologada em 14 de dezembro de 2018. Brasília: MEC/CNE, 2018. Disponível em: <https://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 set. 2025.
CASEIRO, C. C. F.; GEBRAN, R. A. Avaliação formativa: concepção, práticas e dificuldades. Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente, SP, ano XIV, v. 15, n. 16, p. 141-161, jan./dez. 2008. Disponível em: <https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/181>. Acesso em: 26 set. 2025. DOI: https://doi.org/10.14572/nuances.v15i16.181.
CHARLOT, B. Da relação com o saber às práticas educativas. 1. ed., São Paulo: Cortez, 2014.
FERREIRA, G. R. A. M.; PEREIRA, S. L. P. de O.; RAMOS, K. S. de L Mostra científica por meio da intermediação tecnológica: narrativa de ação pedagógica no itinerário formativo de iniciação científica. Anais do X Congresso Nacional de Educação. Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/111296>. Acesso em: 02 maio 2025. ISSN 2358-8829.
FORQUIN, J. C. Escola e Cultura. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4° ed., São Paulo: Atlas, 2002.
LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999.
MENDES, C. da S. Projeto de iniciação científica no curso técnico de informática de uma escola pública paraense: práticas docentes que favorecem um estudo crítico e reflexivo. 2023. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ensino) – Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, Lajeado, 2023. Disponível em: <https://www.univates.br/bduserver/api/core/bitstreams/a8520dee-ec4a-43ef-af95-bdd49d85cb48/content>. Acesso em: 2 maio 2025.
MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, C. A. de; MORALES, O. E. T. (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas: convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: Foca Foto; PROEX/UEPG, 2015. v. 2.
RABELO, D. L.; CAVALARI, O. J. Itinerário formativo como fragmentação do saber/ Educational itinerary as a fragmentation of knowledge. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 8, n. 4, 2022, 23633–23652. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv8n4-060.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.
SOUSA, J. P. de; ALVES, L. E. Emergência e circulação da fórmula discursiva “Itinerário formativo” e o projeto neoliberal na reforma do ensino médio. Travessias, Cascavel, v. 18, n. 2, p. 1-15, maio/ago. 2024. DOI: https://doi.org/10.48075/rt.v18i2.33183.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.