Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil: repercussões nas práticas pedagógicas em uma escola do Litoral Norte/RS

Conteúdo do artigo principal

Prof. Dr.ª Carolina Gobbato
https://orcid.org/0000-0002-1126-7363
Prof.ª Andara Dias de Almeida Klug
Doutoranda Claines Kremer

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir as percepções das professoras sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil, compreendendo as implicações do documento às práticas docentes. O corpus analítico compreende dados de um estudo de caso realizado em uma escola pública do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O trabalho fundamenta-se teoricamente em autores da Educação Infantil e do Currículo, e em políticas e documentos que normatizam a primeira etapa da educação brasileira. A análise dos dados está organizada em dois eixos. O primeiro versa sobre as compreensões das professoras em relação à BNCC e ao currículo. O segundo discute as implicações da BNCC nas práticas pedagógicas, indicando os campos de experiência como uma possibilidade de valorização do cotidiano na Educação Infantil. Os resultados evidenciam que uma apropriação contextual e reflexiva da BNCC pode contribuir para repensar a ação docente com as crianças.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
GOBBATO, C.; KLUG, A. D. de A. .; KREMER, C. . Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil: repercussões nas práticas pedagógicas em uma escola do Litoral Norte/RS. Olhar de Professor, [S. l.], v. 25, p. 1–20, 2022. DOI: 10.5212/OlharProfr.v.25.20247.048. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/20247. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto das reformas educacionais
Biografia do Autor

Prof. Dr.ª Carolina Gobbato, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS

É Professora Adjunta na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Possui Doutorado e Mestrado em Educação, Especialização em Educação Infantil articulações com o Ensino Fundamental e Graduação em Pedagogia/Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou como coordenadora do Curso de Pedagogia/Unidade Litoral Norte (2020-2021), do Curso de Pedagogia/PARFOR (2016-2018), e na Coordenação Institucional do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência/Pibid/CAPES como Coordenadora de Área de Gestão de Processos Educacionais na Uergs (2013-2014). Possui experiência como professora na Educação Infantil, no Curso de Pedagogia e em cursos de especialização, atua na formação de professores da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Atualmente vem pesquisando as seguintes temáticas: educação infantil, docência com bebês e crianças bem pequenas, didática e formação de professores.

Prof.ª Andara Dias de Almeida Klug, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS

É graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Possui experiência como professora na Educação Infantil.

Doutoranda Claines Kremer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestra em Educação pela mesma universidade. Especialista em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar pelo Instituto Maris. Graduada em Pedagogia pela UERGS. Coordenadora do Ateliê Papovai ─ formação continuada de professores de EI. Pesquisadora do GP CLIQUE/UFRGS.

Referências

ABRAMOWICZ, A.; CRUZ, A. C. J.; MORUZZI, A. B. Alguns apontamentos: a quem interessa a base nacional comum curricular para a educação infantil? Debates em Educação, Maceió, v. 8, n.16, p.46, dez. 2016. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/2385/2134. Acesso em: 03 jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2016v8n16p46

AQUINO, L. M. M. L. L.; MENEZES, F. M. Base Nacional Comum Curricular: tramas e enredos para a infância brasileira. Debates em Educação, v. 8, n. 16, 2016. p. 30–45. Disponível em: < https://pdfs.semanticscholar.org/a51b/d3c311e288f214266aad1bcfa212f4361b7c.pdf?_ga=2.86951832.1866538669.1648580735-1947335763.1633652471>. Acesso em: 20 abr. 2021. DOI: 10.28998/2175-6600.2016v8n16p30. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2016v8n16p30

BARBOSA, M. C. S.; CRUZ, S. H. V.; FOCHI, P. S.; OLIVEIRA, Z. de M. R. de. O que é básico na Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil? Debates em Educação, v.8, n.16, 2016. p. 11–28. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/2492/2131. Acesso em: 23 abr. 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2016v8n16p11 DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2016v8n16p11

BARBOSA, M. C. S. Relatório Práticas Cotidianas da Educação Infantil: base para reflexão sobre as orientações curriculares. Ministério da Educação. Brasília, 2009.

BARBOSA, I. G.; MARTINS SILVEIRA, T. A. T.; SOARES, M. A. A BNCC da Educação Infantil e suas contradições: regulação versus autonomia. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 77–90, jan./mai. 2019. Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/979. Acesso em: 16 mar. 2020. DOI: 10.22420/rde.v13i25.979 DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.979

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Câmara de Educação Básica (CEB). Resolução nº 5, de 17 de setembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 dez. 2009b. Seção 1, p. 18. Disponível em: http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/RESCNE005_2009.pdf. Acesso em: 18 maio 2020.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 15 mar. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2017. Disponível em: http://basenaciona lcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 02 mar. 2020.

BRASIL. Ministério de Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZE MBRODE2017.pdf. Acesso em 11 fev. 2020.

BROUGÈRE, G. Sair da sombra: as aprendizagens cotidianas. In: BROUGÈRE, G.; ULMANN, A. (Org.). Aprender pela vida cotidiana. Tradução de Antonio de Padua Danesi. Campinas: Autores Associados, 2012. p. 01–07. ISBN-10: 8574962708.

CAMPOS, R.; BARBOSA, M. C. S. BNCC e Educação Infantil: Quais possibilidades? Retratos da Escola, v. 9. n. 17, 2015. p. 353–366. Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/585/659. Acesso em: 16 mar. 2020. DOI: 10.22420/rde.v9i17.585

CARVALHO, M. A. de. A prática docente: subsídios para uma análise crítica. In: MENDES SOBRINHO, J. A. de C.; CARVALHO, M. A. de (Org.). Formação de professores e práticas docentes: olhares contemporâneos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p. 11–30. ISBN-10: 8575262475.

CARVALHO, R. S. Análise do discurso das diretrizes curriculares nacionais de Educação Infantil: currículo como campo e disputas. Educação, v. 38, n. 3, set./dez, 2015. p. 466–476. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/15782. Acesso em: 10 mar. 2022. DOI: 10.15448/1981-2582.2015.3.15782. DOI: https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.3.15782

DEWEY, John. Experiência e educação. Tradução de Anísio Teixeira. 2ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1976.

FINCO, D.; BARBOSA, M. C. S.; FARIA, A. L. G. DE. Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas: Edições Leitura Crítica, 2015. ISBN-13: 9788564440302.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ISBN-13: 9788522451425.

GOBBI, M. A. Entreatos: precisamos de BNCC ou seria melhor contar com a base? Debates em Educação, Maceió, v. 8, n. 16, p. 118, dez. 2016. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/2401. Acesso em: 18 abr. 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2016v8n16p118. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2016v8n16p118

MOVIMENTO PELA BASE NACIONAL COMUM. Currículos alinhados à BNCC: qual o papel da escola? 2019. Disponível em: https://movimentopelabase.org.br/wp content/uploads/2019/08/BNCC-para-profs-VF.pdf. Acesso em: 20 nov. 2020.

PENSO, D. Il fare e il sapere dei bambini: dalle attività ai campi di esperienza… Zeroseiup: Bergamo, p. 1–10. Disponível em: http://zeroseiup.eu/il-fare-e-il-sapere-dei-bambini-dalle-attivita-ai-campi-di-esperienza/. Acesso em: 10 mar. 2022.

PINAZZA, M. A. John Dewey: inspirações para uma pedagogia da infância. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; KISHIMOTO, T. M.; PINAZZA, M. A. (Org.). Pedagogia(s) da Infância: Dialogando com o passado construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 65–94. ISBN-10: 9788536308425.

RINALDI, C. Las potencialidades de la infancia. In-fan-cia Latinoamericana: Revista Digital de la Asociación de Maestros Rosa Sensat, Barcelona, v. 19, p. 70–78, abr. 2017. Disponível em: https://www.rosasensat.org/magazines/infancia-latinoamericana/19/ilat_19.pdf. Acesso em: 12 mar. 2022.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ISBN-10: 8584290958.

STACCIOLI, Gianfranco. Diário do acolhimento na escola da infância. Campinas, SP: Autores associados, 2013. ISBN – 9788574963198.