Ter ideias enquanto pensa: um modo de ter a arte na gente
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Resumo
Este artigo busca potencializar a presença da arte contemporânea na escola, como promotora e mobilizadora de pensamento, como uma abertura ou uma postura, mais do que um fazer artístico propriamente dito. A ideia de “ter a arte na gente” nasce da fala de uma criança, diante de muitos materiais, em uma aula de arte, e a possibilidade de perceber-se à vontade para “ter ideias enquanto pensa”, sem saber ao certo o que poderá surgir. Busca-se construir uma conversa entre essa proposição infantil e com a produção de artistas visuais contemporâneos, como Carolina Caycedo, Gê Viana e Xadalu Tupã Jekupé, que convidam a refletir sobre questões sociais e ambientais do presente. Um pensar a arte, quem sabe, para experimentar novos e outros trajetos na escola e na vida, mobilizando sentidos e percepções. Como referenciais para o desenho desse caminho de pensamento, tem-se Luis Camnitzer (2018), Célia Xakriabá (2020), Ailton Krenak (2019; 2020) e as produções do grupo ArteVersa (FACED/UFRGS).
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